sábado, setembro 02, 2006

A mídia e o povo

Da nossa imprensa, poderíamos conceber que sofreria de afasia, na configuração neurológica, no sentido de ter sofrido um “enfraquecimento ou perda quase total do poder de captação, manipulação e por vezes de expressão de palavras como símbolos de pensamentos, em virtude de lesões em alguns centros cerebrais e não devido a defeito no mecanismo auditivo ou fonador”, conforme vemos no Houaiss. Mas ela tem plena consciência do que pratica. Tendo renegado à crítica desimpedida como uma de suas prerrogativas, aparentemente demonstra ter desertado, no sentido de ter abandonado à sua função, negando-se a cultivar a dúvida e o julgamento crítico, como uma das tarefas que lhe diz respeito, como integrante insofismável de sua natureza.
A imagem que transmite, para quem vem de fora, onde a mídia exerce seu papel, como regalia, apanágio, privilégio, inquieta e afronta, porque forma gerações de leitores, numa postura de sujeição aos coronéis e caciques políticos, tartamudeante e pouco rija, como aparece o nosso ministro da Cultura, Gilberto Gil, no filme de Roberto Berliner, abaixo.

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