quarta-feira, maio 23, 2007

Navalha na carne potiguar...

Deu no Correio da Tarde
"Operações policiais
Após a deflagração das operações da Polícia Federal com os nomes código de Hydra, Ouro Negro, Furacão e Navalha, o colunista ouviu em uma roda de bambas mossoroenses algumas sugestões de nomes-códigos para possíveis operações congêneres que bem poderiam ser detonadas por estas terras de Poti.
Nomes-código
As sugestões mais interessantes e apropriadas compiladas para nomes de operações policiais para apuração de corrupção por estas bandas, foram: Família Trapo, Bomba de Gasolina, Pet Shop, Maurício de Nassau,Tio Patinha$, Gaiola dos Loucos, Antoine de Sait-Exupèry, Dez Terços, Com Todo Gás, Arraiá de São João, Completo, Panacéia, Para Todos e Cosmonauta. Eu, hein?" (Correio da Tarde, Natal/RN, Coluna de Walter Fonseca, Quarta, 23 de Maio de 2007, Edição Número 334 - Ano II - Natal e Mossoró, Quarta-feira, 23 de Maio de 2007.)

Declaração infeliz de Ney Lopes

A declaração infeliz do ex-deputado Ney Lopes
Veja o blog da Thaísa Galvão

http://thaisagalvao.zip.net/
"Em entrevista ontem ao programa Panorama Político, da Rádio Cabugi, o ex-deputado Ney Lopes (DEM) falou sobre a entrada do filho, advogado Ney Júnior, na política potiguar.
Numa declaração infeliz, Ney disse que o filho vai começar sendo candidato a vereador, ao contrário de "filhinhos de papai" que pulam etapas...certamente se referindo aos deputados federais Felipe Maia (DEM) e Fábio Faria (PMN).
O ex-deputado se esqueceu que, para ganhar visibilidade, o filho Ney Júnior está apresentando um programa na TV Tropical.
De propriedade do deputado Felipe Maia.
O "filhinho de papai" que pulou etapa....
Escrito por thaisagalvao às 13h48 do dia 22.05.07
[(11) Esse bombou!!!]" Veja abaixo os comentários dos leitores de Thaísa... (Foto)

Declaração infeliz de Ney Lopes

Comentários
A declaração infeliz do ex-deputado Ney Lopes
[Hemeterio Azevedo]
Thaisa, veja que o ex-deputado Ney Lopes quando falou em "filhinho de papai" não citou nomes. A ilustre e respeitada jornalista foi quem os nominou. Com certeza pensa assim já que tornou públicas suas próprias conclusões. Veja só que não há somente filhinhos de papai eleitos para a Câmara Federal. Faça uma análise na Assembléia Legisltativa e Câmara Municipal de Natal (Larissa, Waltinho, Gesanne, Ezequiel,Márcia, Micarla, Geraldo Neto, dentre outros..) A imprensa nacional fez referência ao novo perfil do Congresso Nacional e deu ênfase aos filhos de políticos influentes nas mais diversas regiões do País. Apenas por curiosidade: porque você citou somente Felipe e Fábio????
23/05/2007 22:06
RESPOSTA:
Porque só idiota não faria o mesmo.
[Gusthavo Nunes]
O ex-deputado foi traído pela sua enorme experiência, que talvez esteja abalada pela sua verborragia desnecessária, pelo simples fato de, assim como os demais,não ter tido a chance, ainda, de perpetuar as suas convicções políticas , impressas num mandato eletivo.
23/05/2007 19:13
[Tamos de Olho] [tamosdeolho@bol.com.br]
Não se sabe "por quê" o ex-deputado Ney Lopes diz uma coisa dessas, porque ele próprio, quando eleito pela primeira vez, era também um filhinho, não de papai, mas da ditadura, eleito que foi pela ARENA dos milicos. E tem mais: é de um desses papais (José Agripino) que o ex-deputado segue á risca os ditames, mesmo correndo o risco de ficar de fora do poder, como ocorreu recentemente.
23/05/2007 15:31
[Fui e sou censurado...o legítimo]
O JUSTINIANO disse o que eu iria dizer acerca do Dr. Ney Lopes de Souza. Parece que é proibido brilhar no Rio Grande do Norte. Até na Terra de Jesus, lá, nos sertões do Seridó. Obs.: Agora, com aparecimento de um xará nos comunitários do Blog, vou passar a chamar-me de "Fui e sou censurado...O legítimo".
23/05/2007 15:12
[JUSTINIANO] [justinianonetto@digizap.com.br]
O ex-deputado Ney Lopes dignificou o parlamento nacional como representante do RN. Suas palavras são sábias e, por isso, incomodam. É sempre bom ouvir o Dr. Ney, quer como parlamentar, quer como jurista. E o Rio Grande do Norte deve se orgulhar do filho ilustre.
23/05/2007 10:42
[Jorge Ulisses] [juz@oi.com.br]
Ney Lopes não toma jeito. Não perdoa ninguém por não conseguir ser bom de voto. Todo mundo é culpado pela sua pífia perfomance na campanha para prefeito de Natal. Todo mundo, menos ele. Ora, pois, pois!!!
22/05/2007 21:12
[carlos alberto de lima] [carllosllima@ig.com.br]
Desculpeme-me prezada jornalista Thaisa Galvão, mas a declaração "realista" de Ney Lopes pode estar mais carregada de despeito que de infelicidade. É verdade que os dois playboys pularam etapas e entraram na política pelo caminho mais fácil, portanto, isso pode explicar o despeito do ex-deputado que deve estar pagando uma nota para o filho aparecer alguns minutos na televisão. Só não entendo porque os Neys, pai e filho, ainda estão no DEM, seriam os dois um exemplo de coerência, ou de submissão?
22/05/2007 19:05
[Clóvis Arthuro Meirelles]
Peraí Thaisa! Não acredito que você se surpreendeu com a fala do aludido ex-deputado.
22/05/2007 17:05
[João de Aguiar]
Eu ouvi a entrevista e acho que Ney Lopes não quis fazer referência a Felipe Maia não. Muito menos a Fábio Faria. Acho que ele falou de uma forma bem genérica. Usou esta expressão como poderia ter usado qualquer outra. Esta é a minha opinião.
22/05/2007 17:02
[Luís Artur]
O importante é ganhar. Se pulou etapas e ganhou...tá perfeito. Não pular etapas, não significa vencer a eleição.
22/05/2007 16:23
[mercedes moura] [mercedes@uol.com.br]
Nei falou a verdade.
22/05/2007 14:46 (Veja o Blog da Thaísa Aqui)

segunda-feira, maio 21, 2007

Outra cidade... Pessoas acesas...

Nem tudo está perdido pois nem todos estão convertidos à roubalheira e à improbidade. Há pessoas de bem, poucas, mas firmes e fortes, que resistem à facilidade de se cair na tentação da pilhagem. Daí existir esperança de que dias melhores virão. Os que dominam o poder público precisam trazer para a comunidade as melhores soluções e resultados obtidos em outras paragens. Nem tudo é safadagem e quadrilhismo, vulgaridade e cafajestismo de escrotos. Abaixo, mostramos o artigo de Gilberto Dimenstein, onde ele aponta soluções encontradas no Brasil mesmo - lugar onde os políticos transformaram a arena política num charco, numa pocilga, onde eles, como porcos, se lambuzam na roubalheira e na falta de decoro. Vamos pensar, pelo menos, positivamente, de que nem tudo está fodido, lendo o artigo "Outra cidade", de Dimenstein, publicado na Folha de S. Paulo do último domingo. (Foto)

Outra cidade

Gilberto Dimenstein
"UM GRUPO DE 30 alunos da pós-graduação da Fundação Vanzolini, ligada à Politécnica da USP, criou um programa de internet para ensinar aos alunos e professores como tirar proveito de sua vizinhança. Digita-se, por exemplo, a palavra "skate" e fica-se sabendo como encontrar, nas redondezas, aulas desse esporte. Escrevendo o termo "drogas", surgirão, na tela, os nomes dos médicos e dos psicólogos mais próximos dispostos a ajudar as vítimas da dependência.
Simplificando, é uma espécie de "Google" focado no bairro para transformá-lo num amontoado de trilhas educativas, que vão de ações de planejamento familiar de um centro de saúde a concertos gratuitos de uma orquestra sinfônica, passando por conferências em uma universidade. A chave do programa é capacitar a comunidade para montar seu próprio banco de dados; a iniciativa vale por um curso popular de georreferenciamento.
Finalizado há menos de um mês, o buscador de bairro surgiu como um trabalho de conclusão de curso, desses que, na maioria das vezes, acabam esquecidos. Daí a surpresa para os universitários quando o Ministério da Educação, ao tomar conhecimento da invenção, decidiu então disseminá-la em todo o país para realizar a formação de professores e diretores, ajudando-os a criar comunidades de aprendizagem em torno de suas escolas.
O que interessa aqui não é a educação nem a informática, mas a dica por trás da rápida aceitação desse mecanismo de busca: isso tem muito mais a ver com política do que com tecnologia." (Foto)

Outra cidade

"No dia anterior ao anúncio do "Nossa São Paulo; Outra Cidade", os ministros do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, e da Educação, Fernando Haddad, eram levados a conhecer uma experiência de integração de políticas públicas num bairro (Miguel Couto, em Nova Iguaçu).
Queriam entender como se consegue oferecer educação em tempo integral, com direito a almoço, por R$ 30 a mais por aluno - é exatamente o que acontece num bairro periférico de Belo Horizonte.
Há um imenso futuro para as gestões locais pelo simples motivo de que economizam dinheiro e aumentam a eficiência. Basta ver os chamados arranjos produtivos locais -uma cidade aglutina empresas, centros tecnológicos e universidades para desenvolver uma determinada vocação. Foi assim que uma zona deteriorada de Recife se transformou num pólo tecnológico, exportando programas de informática para todo o mundo. E a bucólica Santa Rita do Sapucaí, em Minas, onde nasceu a urna eletrônica, virou um centro de excelência em telecomunicações. São José dos Campos é nosso melhor caso de arranjo produtivo em torno da indústria aeronáutica, estimulada pela formação de engenheiros no ITA." (Foto)

Outra cidade

Segundo essa lógica, vamos prestar atenção cada vez menos a Brasília e cada vez mais a soluções como o pedágio urbano de Londres, a ofensiva de Nova York para liderar a redução da emissão de gás carbônico, os projetos de Paris para tirar os carros da rua, os modelos de segurança em Bogotá. Também vamos tentar entender melhor como a minúscula e pobre cidade de Barra do Chapéu é campeã do indicador do Ministério da Educação, como uma cidade rural da Índia (Udaipur) combateu o absenteísmo de professores distribuindo uma máquina fotográfica aos alunos ou como o índice de violência despencou no Morro do Cavalão, em Niterói.
Teremos de analisar o que acontece quando um grupo publicitário (YPY) decide fazer de uma escola pública da periferia paulista (Francisco Brasiliense Fusco) um modelo de gestão. Já há bons resultados em experiências de educação pública da Nokia, em Manaus, e da Embraer, em São José dos Campos, assim como das escolas de ensino médio, apoiadas por empresários, no Estado de Pernambuco.
É por isso que um programa, inventado por um grupo de estudantes da Fundação Vanzolini, mal saiu do laboratório e já começa a ser aplicado. Não se estão construindo no Brasil outras cidades, mas está surgindo, em especial, outro olhar -e a rapidez de nosso desenvolvimento social está atrelada à eficiência ou não desse tipo de ação local.
PS - Fiz um relato de todas as experiências citadas nesta coluna para que se veja a relação custo-benefício da engenhosidade local. (Folha de S. Paulo, São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007, foto)."
gdimen@uol.com.br

domingo, maio 20, 2007

Falta de respeito

Folha de S. Paulo, São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007
Valdo Cruz
"BRASÍLIA - A Polícia Federal já realizou só neste ano 48 operações. Foram presas nada menos do que 682 pessoas. Era de esperar, com uma ação dessa magnitude, um efeito persuasivo e intimidatório.
Nada disso. As organizações criminosas continuam operantes. Quanto mais sugam, mais querem roubar dos cofres públicos o seu, o meu, o nosso dinheirinho, como diria o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.
O fato é que beira ao escárnio completo a atuação dessas quadrilhas. Veja agora o caso dos envolvidos na Operação Navalha. Já se articulavam para fraudar as licitações de obras do PAC.
Não deixa de ser também uma falta de respeito com o eleitor a indolência de nossos políticos diante de mais um escândalo. À parte discursos inflamados, pouco se faz de concreto para limar da vida pública brasileira tais práticas.
Não é de hoje que o diagnóstico está feito. A Comissão de Orçamento permanece campo fértil para troca de favores entre o financiador de campanha e o parlamentar desesperado por recursos para se manter no poder. Sem falar naqueles em busca de enriquecimento.
Pois bem. Nenhum partido, nenhum, teve a disposição de, por exemplo, acabar com a interferência dos parlamentares na destinação das verbas do Orçamento.
O discurso contrário é até bonitinho -"o deputado sabe melhor do que ninguém as necessidades de seus eleitores". Balela. O governo de plantão quer é manter um instrumento de cooptação de sua base no Congresso. E os parlamentares, o poder de chantagear o ocupante do Palácio do Planalto.
Daí que não aprovam uma reforma política, instituindo fidelidade partidária e financiamento público de campanhas -que, já não há mais dúvidas, sairia mais barato para o contribuinte.
Até que o eleitor decida se insurgir, o negócio é esperar que a PF continue dando conta do recado."

Além da Navalha

Editorial da Folha de S. Paulo
São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007
"UM EX-GOVERNADOR, filiado ao PSB do Maranhão; um prefeito do PSDB em Mato Grosso; um prefeito do PT na Bahia; sobrinhos do atual governador maranhense, pedetista; filhos de um ex-governador sergipano, do DEM; um deputado do Distrito Federal, do PMDB. Todos, e muitos mais, foram presos quinta-feira na Operação Navalha da Polícia Federal.
"Não poderia ser mais eclética a composição partidária dos acusados em mais este escândalo. Amigos e inimigos, apadrinhados e desafetos, nos mais variados níveis da estrutura administrativa, vêem-se flagrados no que tinham em comum: as relações, ao que tudo indica bastante heterodoxas, mantidas com a empreiteira baiana Gautama.
"O esquema, pelo que se noticiou até agora, perpassava vários ministérios, quatro Estados e duas prefeituras. É todo o sistema político brasileiro, entretanto, que mais uma vez parece desagradavelmente expor suas entranhas com essa operação.
"Nos últimos anos, nenhuma organização partidária relevante deixou de protagonizar episódios que vão do revoltante ao ridículo, compondo um painel que desafiaria os pincéis do mais enfático adepto do surrealismo.
"Cuecas, maletas, carros de luxo, máquinas de bingo, em meio a curupiras, navalhas e sanguessugas -para lembrar os nomes, sempre sugestivos, das operações da PF-, acumulam-se diante dos olhos do espectador, que entretanto já não se surpreende.
"Passou o tempo, com efeito, em que o eleitorado podia ter confiança nos instrumentos típicos da vida política, como a denúncia parlamentar, as CPIs e o próprio voto, para afastar da vida pública os envolvidos em corrupção. O problema se revela endêmico, e não terá sido necessária a Operação Navalha para que, diante da cena de um político acusando seu adversário de desonestidade, venha à mente de qualquer brasileiro o velho refrão segundo o qual se trata do roto rindo do rasgado.
"Quando vigora um sistema intransparente de financiamento das campanhas, quando o processo de elaboração orçamentária se dá pela barganha de emendas individuais, quando é precário o acesso do eleitor à informação e reduzida a sua capacidade de organização política, nada mais previsível do que a multiplicação dos casos de corrupção.
"Não escapam do fenômeno, é claro, nações mais desenvolvidas. Num país pobre, todavia, o assalto aos cofres públicos é crime ainda mais revoltante -tanto quanto o clima de impunidade generalizada que o cerca.
"O componente espetacular das operações da PF atende com eficácia, sem dúvida, às demandas da opinião pública no sentido de que esse clima se dissipe. Para além da atuação policial, entretanto, haveria muito mais a ser feito contra a corrupção, no plano da reforma política e do aperfeiçoamento institucional do Estado. Eis uma esfera, infelizmente, em que não parece existir operação de impacto à vista."

Pensando o Brasil...

Quem pensa o Brasil e, em conseqüência, pensa o Rio Grande do Norte, não pode fugir do figurino com que se depara. Em todos os quadrantes, vemos – graças a Deus – pessoas que ainda refletem e expõem seus pensamentos em blogues e jornais, sem receio de represálias. A imprensa ainda tem muito o que fazer. Por aí afora, a gente vê o que se faz. Apenas no Rio Grande do Norte ainda vemos pouca crítica, quase nenhuma reflexão – justiça seja feita ao jornalista e professor da UFRN Marcos Aurélio de Sá que vez ou outra faz excelentes editoriais acerca do nosso brejo político em sua própria coluna no Jornal de Hoje, um pensador que recomendo, "quando recebe o santo". Abaixo, reproduzimos texto recebido via e-mail acerca do artigo "A verdade está na cara, mas não se impõe", de Arnaldo Jabor, que sintoniza com o que escrevemos no texto "A perdição do poder", acerca da política que se faz hoje no Brasil e no RN.
Eis o texto recebido.
"Comentário de Dora Kramer, Estadão de Domingo: ‘A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário De Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente ‘Lulla’ até pode ter Amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa e de expressão, configurando-se, portanto, um ato de censura." Em outro trecho: "Jabor faz parte de uma lista de profissionais tidos pelo Presidente Lula como desafetos e, por isso, passíveis de retaliação à medida que se apresentem as oportunidades!’"

A verdade está na cara, mas não se impõe

Arnaldo Jabor
"O que foi que nos aconteceu? No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor, "explicáveis" demais. Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas. Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira. Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, Infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada. Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, Viram-lhe as costas passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e Comandante em "vítima". E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso? Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF. Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.

A verdade está na cara, mas não se impõe

"Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito.... Está havendo uma desmoralização do pensamento Deprimo-me: "Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?". A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo Fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo. A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos! Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações. No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a Pino. E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-Petistas clamam: "Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT? Como ousaram ser honestos?".

A verdade está na cara, mas não se impõe

"Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista". Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FH, que não Teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando... Mas Agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido.
"Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em "a favor" do povo e "contra", recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual.
"Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Alguns otimistas dizem: "Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades!".

sábado, maio 19, 2007

A perdição do poder

A notícia trazida pelo jornal Correio da Tarde da última quinta-feira, dia 17, de que o deputado Vivaldo Costa (PR) "está sendo lembrado dentro dos meios parlamentares para uma possível nomeação de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado" exibe, da forma mais descarada, a nossa orfandade política.
Orfandade nossa, eu digo, de nós, cidadãos, leitores e eleitores otários, que, no fim das contas, permanecemos apenas como "consumidores" de notícias, já que NADA poderemos efetivamente fazer.
Quer ver leitor/ consumidor? Pois veja o que diz a coluna de Túlio Lemos, no JH 1ª Edição da última sexta-feira, sob o título "Controle de Natal":
"A governadora Wilma de Faria quer o controle total da Prefeitura de Natal e sabe que esse seu desejo só será realizado com a eleição de Rogério Marinho em 2008. Liderado de Wilma, a vitória do filho de Valério ainda abriria caminho para futuros projetos políticos da deputada Márcia maia, que poderia ser candidata a deputada federal em 2010 e em 2012 disputar o Executivo natalense." Viu como tudo se resolve sem a nossa colher de pau?
O absurdo do conteúdo trazido pela matéria do Correio da Tarde, ao acrescentar que Vivaldo vai substituir no Tribunal de Contas do Estado, como conselheiro, um irmão seu, o bioquímico Tarcísio Costa, que já estaria em tempo de se aposentar, nos recordou, de imediato, a nomeação, em outubro de 2000, do irmão do ex-governador e atual senador Garibaldi Alves Filho, Paulo Roberto Chaves Alves (Papau), como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE), sendo que ele, hoje, alçou o posto máximo: é presidente da venerável instituição.
Vejamos agora, as folhas, não as de Natal, mas de fora do nosso sacrossanto território. Além da prisão e indiciamento, pela Polícia Federal, Brasil afora, da arraia-miúda, constituída de funcionários públicos e outros agentes oficiais, estamos vendo as acusações contra os próprios membros do Judiciário, magistrados, desembargadores, ao lado de governadores, secretários de Estado, ex-ministros, servidores públicos e prefeitos, todos compondo verdadeiras quadrilhas de facínoras, para usufruto ilícito daquilo que chamamos "poder público", com a utilização dos instrumentos contundentes e eficientes (foto) da chamada "política".

A perdição do poder

Registre-se que nada ocorre nos "países baixos", ou seja, nos Estados mais pobres e desavergonhados do Nordeste, em especial no Rio Grande do Norte, que parece "abençoado" por Deus, nesse aspecto, de ser um "plantel" de políticos e homens públicos honestos, honrados e retos.
Enquanto isto, a bandalheira (foto) come solta pelo país afora, como acabamos de assistir, como no caso do indiciamento de juízes e magistrados, como o famoso juiz Paulo Medina, o mesmo que conseguiu lograr uma liminar, suspendendo a presença do irmão da governadora Vilma de Faria, o médico Carlos Faria, na responsabilização do caso do Foliaduto. O mesmo ministro Paulo Medina que se afastou da sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, por motivo de "doença", e que concedeu um habeas corpus que afastou Carlos Farias da investigação do Foliaduto, trancando o processo que estava em andamento na Justiça do Rio Grande do Norte.
Nós, leitores/consumidores, nos lembramos, ainda, muito antes disto, em agosto de 2006, que a Polícia Federal prendeu, em operação cinematográfica, o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Sebastião Teixeira Chaves, e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Carlos de Oliveira, o Carlão, além de outras 21 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro público e influência indevida sobre o Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Poder Executivo de Rondônia.
Naquela ocasião, segundo a PF, o grupo teria desviado R$ 70 milhões dos cofres do estado. Na mesma operação, foram presas também outras autoridades de Rondônia como o juiz José Jorge Ribeiro da Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas Edilson de Souza Silva, o procurador de Justiça José Carlos Vitachi, o diretor geral da Assembléia Legislativa, José Ronaldo Palitot, servidores, assessores e familiares de deputados.

A perdição do poder

Por último, no mais recente lance trazido pela PF, na chamada Operação Navalha, como se fosse uma novela das oito para nós, "consumidores", sabemos que uma organização criminosa, ramificada por todo o país, mas tendo como centro e núcleo duro uma empreiteira baiana, a construtora Gautama, desviou, ao menos R$ 31,101 milhões dos cofres públicos nos últimos anos.
E quem ali está, indiciado, acusado, preso, por roubar (foto), ao receber dinheiro por obras que não realizou, tendo, em um dos casos, o valor desviado do Ministério das Cidades alcançado R$ 10 milhões?
Quem se via seduzido pela empresa Gautama, que coordenaria o esquema de fraudes nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal?
Nada menos que o ex-governador do Maranhão e ex-ministro de Sarney, José Reinaldo Tavares (PSB), o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto, dois sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) —Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior —, além dos prefeitos de Sinop Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT) e de Camaçari Luiz Carlos Caetano (PT-BA).
E tem mais, pois a relação é extensa. Contam os jornais: "A operação também prendeu o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), o funcionário do Planejamento Ernani Soares Gomes Filho cedido para o gabinete do deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG), além do assessor especial do gabinete do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) Ivo Almeida Costa e do superintendente de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal Flávio José Pin. Também foram detidos o secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Adeílson Teixeira Bezerra; o diretor do Detran de Alagoas, Márcio Menezes Gomes.
A organização criminosa, com base na Gautama, que seria uma dissidência da OAS, empreiteira da Bahia, já famosa por envolvimento no passado com situações assemelhadas. "Para conseguir a liberação do dinheiro, a empreiteira teria pago, pelo menos, R$ 1,057 milhão para governadores, secretários de Estado, servidores públicos e prefeitos. O valor das propinas varia de R$ 56 mil a R$ 240 mil", contou a Folha de S. Paulo.

A perdição do poder

Por estas bandas, sabe-se, de ouvir falar, mas nada chega aos finalmente. Como a boataria em torno do prefeito de Guamaré, Dedé Araújo, que teria sido denunciado pelo promotor de Macau, Wilkson Vieira Barbosa Silva, que teria pedido o seu afastamento, tendo Dedé sete dias para se defender da emissão de cheques sem fundo.
Por estas bandas ouve-se falar. Em Macau, com base em documentação oficial, o próprio Orçamento de 2006 do município, de um total de R$ 62 milhões, sendo de R$ 67 milhões para 2007, descobre-se que pelo menos R$ 22 milhões previstos para obras no município não foram aplicados, já que as obras nunca foram concluídas e apresentadas aos munícipes.
Agora mesmo tivemos, na sexta-feira, a posse do procurador-geral de Justiça para o biênio 2007/2009, na pessoa do promotor de Justiça José Augusto de Souza Peres Filho, que atuação intensa e extensa voltada para a defesa do consumidor.
José Augusto Peres, que é professor de Direito do Consumidor na Escola da Magistratura e na Universidade Potiguar, e que tomou posse em solenidade das mais badaladas, com a presença de autoridades centrais dos três poderes, no Centro de Convenções, em Natal, escreveu, para o jornal o Poti, no domingo 16 de abril do ano passado, um dos textos mais contundentes acerca da situação que se vive no Brasil, a que intitulou "Cleptocracia, ou o governo dos ladrões" (foto).
Ali ele explicava que, "segundo uma das divisões tradicionais das formas de governo, estes podem ser monarquias, aristocracias ou democracias. Ou seja, o poder, no primeiro caso, é exercido com base no ‘direito’ de uma família; no segundo, o poder é exercido por uma elite (racial, econômica, religiosa); no terceiro, o poder é exercido pelo povo e por seus representantes. Também existem formas degeneradas de governo. A tirania, a oligarquia, a demagogia. São o exercício arbitrário e cruel do poder, o poder exercido por um pequeno grupo e o poder exercido, supostamente em nome do povo, fazendo promessas que não podem ser cumpridas. Mas não é de nenhuma dessas formas de governo que vamos falar. Trataremos aqui de uma outra, tão perversa e cruel quanto as demais. É a cleptocracia. O termo advém das palavras gregas "clepto" (tirar) e cracia (força, poder). Ou seja, é o poder dos que tiram, o poder dos ladrões."

A perdição do poder

Vejamos agora o que nós escrevíamos no artigo "A gloriosa posse de herr Papau", cuja íntegra se encontra no Observatório da Imprensa na data de 05.11.2000 (leia aqui), a fim de podermos refletir sobre nossa sina. De consumidores de notícias. Mas de consumidores bestas. Não de bestas como jumentos. Mas de bestas-feras, já que terminamos sendo sanguinários, maus e desumanos para com nós mesmos e com nossos conterrâneos, ao engolirmos calados tudo que vemos e assistimos no sinistro teatro de nossa política.
"O livro do jornalista Lucas Figueiredo, Morcegos Negros (Record), retrata as tramas da verdadeira organização criminosa que tomou conta do país à época do governo do presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), sob o comando geral de um chamado Esquema PC, cujo cabeça era o empresário alagoano Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha de Collor. No livro ficam evidenciadas as conexões do Esquema PC com o crime organizado internacional. O esquema faturou, segundo cálculos da Polícia Federal, nada menos que US$ 1 bilhão, sobressaindo-se a participação efetiva não só do empresariado e de autoridades, como de mafiosos italianos pertencentes a uma das maiores redes internacionais de narcotráfico.
"A ação desse grupo acabou envolvendo funcionários públicos, empresários, industriais, comerciantes e particulares num quadro de corrupção, concussão, exploração de prestígio, extorsão e usurpação de função, entre outros crimes, com total desapreço aos princípios que regem a administração pública", documenta o inquérito-mãe do caso PC Farias transcrito por Figueiredo.
"Na verdade, diz no prefácio o jornalista Clóvis Rossi, o que se revela é o resultado "da ocupação do poder – de todos os espaços possíveis de poder – pela máfia". Rossi adverte, em tom melancólico: o livro não se constitui numa espécie de peça de arqueologia jornalístico-literária, que revisita idos de um passado distante. "Trata-se de uma espécie de dissecação das entranhas de um sistema de poder apodrecido ao ponto do inimaginável." E complementa, como um aviso: "Não é o Brasil de ontem que está retratado no livro. É um Brasil ainda muito presente." Uma trama, diz Rossi, que aponta, ao final, para a impunidade generalizada, a incompetência, má vontade ou falta de recursos para se investigar o que quer que seja no Brasil, e para a complacência com a criminalidade e a convivência de empresários, supostamente homens de bem, com esquemas inequivocamente mafiosos.
"Veja-se o processo de indicação, como conselheiro do venerando Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE), do irmão do governador Garibaldi Alves Filho, o ex-secretário de Governo Paulo Roberto Chaves Alves (Papau). Ele desnuda o paradigma da política no RN. Dentro da engenharia do sistema governista, Papau seria lançado como deputado federal, diz o Diário de Natal de 1º de novembro. Para acomodar parentes que disputarão cargos eletivos em 2002, indicou-se o conselheiro Nélio Dias, que requereu aposentadoria, ganhando, em troca, a Secretaria da Agricultura e a oportunidade de candidatar-se à Câmara Federal."
Voltando ao presente, aguardemos os 800 estudantes e especialistas de Direito que estarão em Natal de quinta-feira até sábado próximos, dias 24 a 26, quando discutirão temas relativos ao direito, com enfoque para o direito constitucional, penal, administrativo, processual e econômico. É objetivo do encontro contribuir para a formação de juristas, ao mesmo tempo em que tenta iluminar as questões que dizem respeito às políticas públicas que são adotadas pela nossa administração pública nos três níveis de governo.

Marrocos: o herói da resistência na MPB

Paulo Augusto
Quem reconhece a importância da Música Popular Brasileira compreende perfeitamente a afirmativa de Mário de Andrade, no "Ensaio sobre a música brasileira", quando dizia que "O brasileiro é um povo esplendidamente musical".
E esta assertiva ganha toda a sua aura de verdade cristalina quando se encara esta atividade como uma das mais poderosas formas de comunicação do homem brasileiro, em especial nas lides dos poetas e letristas, compositores e músicos, que desenharam para a coletividade brasileira um espaço social privilegiado, onde a democratização do acesso é efetivamente uma realidade.
E este acesso é agora viabilizado pelo poeta, compositor e cantor macauense Marrocos (foto), ao lançar, na próxima sexta-feira, dia 25, no Bar do Coelho (Cidade Alta, por trás do Convento Santo Antônio), o CD "Aquelas Antigas...", reunindo 14 sucessos do melhor da verdadeira Música Popular Brasileira. "A escolha das músicas não foi tão difícil. Difícil foi a aceitação, pelo fato de que todos os CDs que eu gravo tem minhas composições. Mas este, pela primeira vez, é um trabalho inédito, pois vem sem as minhas composições. Reúne só gente graúda: de Tom Jobim a Dolores Duran, de Evaldo Gouveia a Paulo Vanzolini, de Lupicinio Rodrigues a Ary Barroso. E por aí vai", diz Marrocos, que produziu o CD na sua própria casa, em estúdio improvisado, com o que vem sobrevivendo e trazendo alegria para milhões de corações irmãos.
Para se ter uma idéia da relevância do CD "Aquelas Antigas", que resultou de uma reflexão madura e, portanto, aguda e penetrante, depois de mapear, sistematizar e discutir consigo mesmo e com amigos o vasto universo da nossa MPB, vale a pena registrar o que contém a pequena obra assinada pelo compositor-microempresário.
O CD contém, nada mais, nada menos do que 14 jóias selecionadas dos seguintes compositores:
Tom Jobim ("Por causa de você"), Dolores Duran ("A noite do meu bem"), Evaldo Gouveia e Jair Amorim ("Alguém me disse"), Paulo Vanzolini ("Ronda"), Waldick Soriano ("Tortura de amor"), Sidney da Conceição, Lourenço e Augusto Cesar ("Os amantes"), Adelino Moreira ("A volta do boêmio"), Nazareno de Brito e Fernando Cesar ("Esquecimento"), Lupicínio Rodrigues e Alcides Gonçalves ("Quem há de dizer"), Haroldo Barbosa e Luís Reis ("Meu nome é ninguém"), Eduardo Lages e Paulo Cesar Pinheiro ("Momentos eternos"), Tom Jobim e Dolores Duran ("Por causa de Você"), Ary Barroso ("Risque"), Jayme Florence e Augusto Mesquita ("Molambo") e J. Ribamar e Dolores Duran ("Ternura antiga").

Marrocos: o herói da resistência na MPB

No seu atual trabalho, o cantor e compositor José Marrocos da Silva, conhecido apenas como Marrocos, nascido em 23 de outubro de 1949, na cidade de Macau/RN, mostra toda a potencialidade que adquiriu na sua trajetória artística, que o levaria aos lugares mais díspares do nosso país. Membro efetivo da ABRAC (Associação Brasileira de Autores e Compositores), reconhecido por seus pares como um artista e uma personalidade da MPB que "inventou" o seu lugar no cenário da nossa música, Marrocos, como grande parte de nossos artistas potiguares, continua sem receber a consideração e o respeito que merece da parte de nossa oficialidade, o que seria extravagante ou excêntrico de se ponderar.
O trabalho atual de Marrocos deve ser estimulado e compreendido, na medida em que ele se debruça na tentativa de resgatar as preciosidades do nosso cancioneiro, quando traz para o mercado nomes e canções que estavam momentaneamente esquecidos, personalidades que representam um marco em nossa História, mas pouco tocados pela curiosidade e pelo interesse do mercado, desconhecidos em especial pelas novas gerações.
Marrocos trabalha, com a sua gravadora caseira, que podemos chamar de "fundo de quintal", na faina de distinguir, valorizar e recuperar todos aqueles que labutaram e hoje pelejam para fazer valer nossa cultural musical. Ele respalda o combate de nossos criadores, ao elaborar e projetar o universo de símbolos garimpados no nosso imaginário social, através do milagre da música.
São tesouros, repletos de sons, de versos, com narrativas cotidianas sobre personagens que embalaram e acompanham de forma permanente a vida do povo brasileiro, trazendo em suas exposições convertidas em cifras as situações que envolvem os mais multiformes estados da alma. Desde os delicados e prosaicos casos de amor até as batalhas pela sobrevivência, interpretadas através de reivindicações políticas. Na sua entrevista abaixo, Marrocos conta um pouco da sua luta, reinventando, através de seu labor, os traços mais essenciais dos poetas da canção popular do nosso Brasil.

Esperando o trem do Seis & Meia

Paulo Augusto - Para lançar o CD "Aquelas antigas" você fez uma escolha a partir do que você sabe que o seu público gosta, né isso?
Marrocos (Foto) - Exatamente.
Paulo - Você está se apresentando no Bar do Coelho, que já é tradicional por abrigar uma famosa seresta. Mas tem outros lugares onde você canta?
Marrocos - Todo final de semana eu estou dando uma palinha lá. Chegando junto lá com o pessoal.
Paulo - Tem algum programa de rádio onde você se apresenta? Tem algum projeto de rádio? Como estão seus projetos de divulgação?
Marrocos - É, eu estou aguardando William Collier até hoje. Ele me disse para passar lá na terça-feira, para agendar a data do Projeto Seis & Meia (no Teatro Alberto Maranhão). Agora deve sair, com certeza. Ele ligou para mim dizendo que estava na Paraíba, que eu aparecesse lá para conversar com ele.
Paulo - Ele já falou com qual cantor nacional você se apresentaria?
Marrocos - No projeto dele era com Evaldo Gouveia.
Paulo - Me conte sobre o circuito onde você se apresenta, mesmo fora de Natal. E em Natal, onde é que você se apresenta mais?
Marrocos - Em Natal, só com contrato. No Bar do Coelho eu vou mais porque eu tenho esse trabalho paralelo, que é de gravações. Então as pessoas encomendam, fazem encomendas de (regravar de) vinil para CD, então eu vou ali para fazer essas entregas, e aproveito dou uma canjinha lá para eles. Mas aqui tem diversas casas, como a AABB, o (hotel) Residence, são lugares onde eu posso me apresentar.
Paulo - Nos bons tempos, no seu auge, você estava com qual conjunto? Já era esse grupo musical Novos Rumos?
Marrocos - Era o Novos Rumos. Sempre foi o Novos Rumos. Algumas pessoas desse grupo já morreram.
Paulo - Quem fazia parte, diga os nomes deles?
Marrocos - Hoje estão Zeno Lima, que é o cavaquinho; tem Jorge Sete Cordas, que é o violão de sete cordas; tem Gaspar, mais conhecido por Cabo, que é o violão de seis cordas; tem Zagueirão, que faz a percussão, com a timba. E tem Bossa, no pandeiro. Bossa é uma figura bastante conhecida. Aquele que você viu lá em Macau, cheio de muganga.

Esperando o trem do Seis & Meia

Paulo - Vamos falar do seu trabalho. Você já vem fazendo há algum tempo? Como é esse trabalho?
Marrocos - Aqui eu faço a gravação. Nós preparamos os playbacks [acompanhamento musical previamente gravado que se usa como base para a interpretação de um solista (vocal ou instrumental)] e gravamos ao vivo aqui. Já gravamos bastante, de pessoas conhecidas, como o desembargador Caio Alencar, do doutor José Petit de Carvalho, da cantora Ivete. Muita gente tem gravado aqui. Afora os evangélicos, que eu não gravo o nome.
Paulo - Como é o processo?
Marrocos - Aqui, nós preparamos os arranjos, preparamos a música, fazemos o playback, a pessoa vem e coloca a voz, aqui. Fazemos a tiragem, de quantos (exemplares) forem necessários, é feita aqui também, a reprodução.
Paulo - Tem dado certo? Eles gostam do resultado? Não prejudica ser sem um estúdio com acústica, um ambiente fechado?
Marrocos - Muito bom. Inclusive, este último agora, do desembargador Caio, foram 500 cópias. O nome do CD é "Nossos Momentos", de Caio Alencar, foram 300 cópias. E o segundo, que é "Reencontro", que terminamos de gravar agora, foram 500 cópias. Ele gosta de seresta e dessa música popular brasileira, raízes mesmo da MPB.
Paulo - A qualidade é boa?
Marrocos - Este é meu trabalho comercial. Faço um trabalho e a qualidade é considerada boa, pelos grandes críticos daqui, como Guaraci Picado, que é uma figura que tem estrada, andou pelo Rio de Janeiro e tudo, Paulo Tito, que foi diretor da CBS, que elogia demais, não sabe como é que eu consigo fazer, num trabalho caseiro destes, uma gravação tão perfeita. O estúdio da gente aqui é no computador, são os programas do computador. Dali é que a gente extrai a qualidade.
Paulo - E os contratos no interior. Você ainda foi a Macau?
Marrocos - Todo mundo sabe como é a minha ligação com Macau. Nunca mais. Não me convidaram mais. Até agora, não. Uma coisa que eles fizeram, que foi uma ação, foi comprar 150 cópias. A prefeitura comprou do CD anterior, "Natal, Paisagem do Amor", uma música minha. Acho que eles compraram também porque tinha a música "Macau, a História te proclama", que é a música que eu fiz com a cidade de Macau.
Paulo - E as pessoas para lhe contatar, ligam para qual telefone?
Marrocos - O telefone é o 9975-4759.

Livro de Ouro Familiar

A chegada do "Livro de Ouro Familiar", que o escritor potiguar Alcides Francisco Vilar de Queiroz acaba de lançar, no Rio de Janeiro, acrescenta mais uma pepita ao verdadeiro tesouro que ele vem construindo ao longo das últimas décadas, na elaboração de um portentoso monumento à memória do Rio Grande do Norte. Como afirma o autor, o seu desejo maior é que os exemplos de vida reunidos na obra, nomes por ele escolhidos e pesquisados, num universo que soma 54 pessoas notórias de diversas genealogias potiguares, "sejam tomados como lições de vida para as atuais e as futuras gerações".
Alcides Vilar de Queiroz, que dedicou parte de sua vida, em especial o período da adolescência e juventude, ao labor teológico, dedicando-se à ciência das religiões, "num tempo de rígida reclusão e absoluta clausura", como ele mesmo assinala, aprimorou, por isto mesmo, sua aptidão para o trato com as levezas e sutilezas da memória, daí sua exímia capacidade de produzir verdadeiros baús de preciosidades memorialísticas. Alcides vem oferecendo ao leitor do Rio Grande do Norte, em especial, e a todo o Brasil, com seus livros, a oportunidade de se debruçar sobre a origem das famílias, ao pesquisar o conjunto de nossos antepassados.
Neste livro, em especial, ele se volta para pessoas que ofereceram de si exemplos que sirvam de modelos, em virtude de dedicarem suas vidas à cidadania brasileira, à dignidade das pessoas, com ações propícias ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento moral, quer dos indivíduos, quer da comunidade.
Lamenta, por isto mesmo, não ter fixado residência por mais tempo em Natal (RN), onde poderia ter garimpado um número maior de vidas e de troncos familiares, oferecendo uma obra mais vasta do que a que já possui publicado. Por ter saído do Rio Grande do Norte aos dezoito anos, "imediatamente partiu para rumos mais distantes, em busca da construção de uma nova vida, de um futuro", como ele explica na introdução. Daí, portanto, "as lacunas certamente existentes no presente trabalho são, por este motivo, justificadas e, acredita-se, não tirarão o brilho daqueles que aqui figuram", explica-se.
Informa o autor no texto introdutório: "Este livro busca manter viva na memória de todos a lembrança daquelas pessoas que podemos orgulhar-nos e que estão associadas aos grupos Villar, Queiroz e Barroca. Encontram-se aqui anotações diversas de quantos se destacaram ou se destacam por suas ações no passado ou no presente, quer pelas posições que, merecidamente, foram ou são por elas desempenhadas, como também quantos optaram por seguir os caminhos do bem. Além das anotações que já apareceram nos livros "Villar & Cia", 1 e 2, juntam-se aqui os nomes de 54 outras pessoas notórias da família."

Livro de Ouro Familiar


Dentre as obras que já colocou no mercado, no filão a que se dedica e que hoje compreende um verdadeiro manancial de informações imprescindíveis aos estudos genealógicos potiguares, como obras de referência, encontram-se os volumes "Villar 7 Cia - Apontamentos de história familiar (Natal, 1998, 256p.); "Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros - O Apóstolo da Esperança" (Natal, 2000, 134p), em co-autoria; "Histórias íntimas de São Bartolomeu do Esculacho" (Rio de Janeiro, 2000, 182p.); "Villar & Cia - Apontamentos de história familiar - Vol. 2 (Rio de Janeiro, 2003, 352p.); e "Histórias de fazer Boi Bumbar" (Rio de Janeiro, 2004, 90p.).
No caso de "Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros - O Apóstolo da Esperança", Alcides discorre acerca da figura do falecido monsenhor Expedito Sobral de Medeiros, pároco de São Paulo de Potengi, que colocou como prioridade na luta de toda sua vida a distribuição da água escassa no estado do Rio Grande do Norte, que tem 92% do seu território no semi-árido, sendo 64% nas estorricadas terras de extrema aridez, com pedra aflorante, nas quais se equaciona o absurdo de, para 600 milímetros de chuva, a evaporação desperdiçar quase o triplo, raspando as reservas.
A última grande obra de Monsenhor Expedito Sobral (Foto no site
www.monsexpedito.cjb.net), nascido em São Rafael/RN a 13.12.1916 e falecido em Natal em 16 de janeiro de 2000, no campo social, foi aglutinar os homens públicos, convocando desde o governador, a parlamentares, prefeitos e as comunidades flageladas pelas secas, para, utilizando-se da força moral da Igreja, conseguir uma solução imediata e duradoura para o abastecimento de água às localidades do interior.
Com seu temperamento obstinado, carismático e duro, monsenhor Expedito passava carão nos políticos vadios e lançava mãos de truques imaginosos, como o de reunir prefeitos, deputados, vereadores para longos debates de horas no pico do verão sem mandar servir um copo dágua. E explicava o recado didático: ‘’É para esses políticos aprenderem o que é a sede que o povo padece’’.
No "Livro de Ouro Familiar", Alcides retrata, por ordem alfabética, pessoas das famílias Aguiar, Albuquerque, Amorim, Antunes, Araújo, Bakker, Barbosa, Bento, Bezerra, Bizarria, Bolshaw, Campos, Carvalho, Carrilho, Castro Cortez, Cavalcanti, Cirne, Colares Moreira, Couto, Dantas, Dantas Ribeiro, Dias, Duarte, Emerenciano, Fagundes, Fernandes, Fonseca, Gaspar, Godoy, Gouveia, Guerreiro, Gurgel, Holanda, Leiros, Lemos, Lisboa, Magalhães, Mamede, Medeiros, Meira, Mesquita, Moura, Nascimento, Oliveira, Pegado, Pereira, Pinto Queiroz, Raposo de Mello, Rocha, Sá, Sales, Sena, Silva, Sobral, Suassuna, Tavares, Torres, Varela, Vasconcelos, Viana, Villar.

Retratados orgulham clãs potiguares

(Introdução do livro)
Ao idealizar este livro, pensou o autor em divulgar para os mais novos e preservar para as gerações futuras apontamentos biográficos de parentes que marcaram e marcam suas épocas ou nelas se constituíram em destaques, forma talvez a mais simples de montar uma história familiar e de mostrar que houve e há exemplos a serem seguidos e pessoas de que podemos orgulhar-nos.
Muitos nomes possivelmente podem ter sido esquecidos ou simplesmente não constam mais dos registros e lembranças, e perdoem os eventuais leitores por tais omissões, devidas em alguns casos, ou na sua maioria, ao fato de ter-se mantido o autor desde cedo distante de sua terra e do convívio familiar, convívio este que lhe teria proporcionado, certamente, uma visão mais completa dos fatos e das pessoas. (Explica-se: aos 10 anos ingressou quem escreve estas linhas na vida religiosa - num tempo de rígida reclusão e absoluta clausura - e, ao sair dali, aos dezoito anos, imediatamente partiu para rumos mais distantes ainda, em busca da construção de uma nova vida, de um futuro). As lacunas certamente existentes no presente trabalho são, por este motivo, justificadas e, acredita-se, não tirarão o brilho daqueles que aqui figuram.
Ao falar-se acima em pessoas que foram destaques no seu tempo, na sua área de atuação ou no seu meio, não se pensou em apontar quantos (ou só aqueles que) ostentaram riquezas, acumularam bens, ou desfrutaram de posições de realce. Alguns dos que aqui figuram são mostrados apenas pelas virtudes da bondade, da simplicidade exemplar, ou pela prática continuada de boas ações. Não esperem os leitores encontrar neste livro biografias completas de todas as pessoas enfocadas, mas, em muitos casos, registros simples, ou seja, as anotações que foi possível colher.
Diferentemente de uma pesquisa genealógica - onde os vínculos de consangüinidade são pré-requisitos para estabelecer-se a cadeia familiar - no presente caso, os laços de parentesco, em qualquer nível, mesmo que por afinidade ou decorrentes de uma vinculação distante, foram considerados.
Um exemplo do que se diz acima: Miguel Antônio Pinto Guimarães, Barão de Santarém, teve uma neta, Anésia Pinto Guimarães Bastos, que se casou com José Augusto Meira Dantas, trineto do Barão de Mipibu. Consultando-se o quadro apresentado adiante, ver-se-á que tal casamento se tornou um elo de ligação entre as famílias de ambos os barões e, conseqüentemente, com a do Barão de Ceará-Mirim, ampliando consideravelmente o nosso universo familiar.
Um comentário que merece ser feito tem a ver com a grafia de alguns nomes. Quando estava o autor pesquisando para levantamento de dados, foi "repreendido", por amiga muito ilustre e merecedora da maior consideração, em razão da grafia usada na transcrição de nomes de pessoas mais antigas. O autor chegou a corrigir alguns deles mas depois, analisando friamente o caso, parou com tal correção, pois o argumento usado se referia à reforma ortográfica de 1971. A pergunta que se fazia era: aqueles que faleceram antes de tal reforma e que têm os documentos a si referentes grafados da maneira antiga estariam sujeitos às novas regras? Um exemplo: caso se quisesse juntar ao texto relativo a Jacinto Inácio Torres Júnior (nome com grafia atualizada) cópia autêntica de alguma certidão original do mesmo, não geraria confusão vê-lo mencionado como Jacyntho Ignácio? Pergunta-se o autor: se ele faleceu e consta de seu atestado de óbito como Jacyntho Ignácio, estaria sujeito a tal modernismo? O autor chegou a ‘corrigir’ alguns nomes mas depois desistiu. (Que alguma eventual falha mereça o perdão do leitor.)
Além do quadro já mencionado, mostra-se um outro em que serão apontados descendentes do Barão do Ceará-Mirim. Novas informações forma passadas ao autor após a sua conclusão - e que, por isso, não puderam ser nele incluídas (ou checadas) - e que transcrevemos a a seguir:
Duas observações merecem ser feitas ao final desta Introdução:
1) Mário Duarte, considerado por todos como o melhor programador visual em atividade e o mais brilhante designer gráfico, brindou o autor deste livro com a linda capa que o envolve. Tem mais: vejam os primores dos quadros que acompanham esta Introdução e que ele, consultado sobre a sua redução para uma página, os refez de forma tão bonita. 2) O autor agradece aos amigos Cláudia Muniz e Jorge Luiz Morandi pela eficientíssima colaboração. (Matéria do caderno de cultura Encartes (Jornal de Natal) de 14 de maio de 2007)

Informes biográficos

Nomes retratados no Livro de Ouro Familiar
A
Adele Sobral de Oliveira (poeta); Aécio Augusto Emerenciano (jurista); Agostinho Pinto de Queiroz (revolucionário); Alair Villar Fernandes de Melo (arcebispo); Aldo Fernandes Raposo de Mello (advogado); Alfredo Pegado de Castro Cortez (monsenhor); Anauro Dantas Ribeiro (escritor); Antônio Basílio Dantas Ribeiro (industrial); Antônio Basílio Ribeiro Dantas (político); Antônio Bento Viana (senhor de engenho); Antônio de Oliveira Antunes (padre); Ariano Villar de Suassuna (teatrólogo); Arnaldo Gaspar Júnior (engenheiro); Arnaldo Neto Gaspar (engenheiro)
B
Bartolomeu da Rocha Fagundes (padre); Bluma Waddington Vilar de Queiroz (doutora em letras)
C
Carlos Alberto Dantas Moura (engenheiro); Carlos Augusto Carrilho de Vasconcelos (senhor de engenho); Celso Dantas Sales (desembargador)
D
Denise Pereira Gaspar (advogada); Dioclécio Dantas Duarte (político); Dioclécio Duarte da Silva (juiz de direito); Dultevir Guerreiro Villar de Melo (engenheiro)
E
Eduardo Queiroz (economista); Eider Freire Varela (engenheiro agrônomo); Eleika de Sá Bezerra (professora); Eliane Amorim das Virgens de Oliveira (desembargadora); Etelvina Antunes de Lemos (poeta); Eugênio de Araújo Sales (cardeal); Eugênio Lisboa Villar de Mello (advogado); Euzébio de Queiroz (político); Expedito Sobral de Medeiros (monsenhor); Ezequias Pegado de Castro Cortez (juiz)
F
Ferdinando Pereira do Couto (poeta); Francisco de Assis de Almeida Vilar (pessoa do bem); Francisco de Souza Ribeiro Dantas (desembargador); Francisco Fernandes Sobral (jurista)
G
Geraldo José Marques Pereira (médico); Gilda Torres Mesquita (advogada); Gotardo da Fonseca e Silva (médico); Guilherme Luiz Barbosa de Queiroz (professor)
H
Heitor de Araújo Sales (arcebispo); Hemetério Fernandes Raposo de Melo (desembargador); Heráclio de Araújo Villar (juiz); Heráclio Vilar Ramalho Cavalcanti (médico); Heráclio Villar Ribeiro Dantas (jurista); Hermínio de Paula de Castro Barroca (desembargador); Honório Ribeiro Dantas (escritor)
I
Inácio Cavalcanti de Albuquerque (médico); Inácio Magalhães de Sena (intelectual); Ivone Torres Mesquita (advogada)

Informes biográficos

Nomes retratados no Livro de Ouro Familiar:
J
Jacyntho Ignácio Torres Júnior (general); Jair Dantas Ribeiro (general); João André de Bakker (professor); João Augusto da Cruz Barroca (advogado); João Vilar Ribeiro Dantas (servidor público); João Viterbino de Leiros (professor); Jocelyn Villar de Mello (político); Joel de Araújo Villar (combatente); José Antunes de Oliveira (senhor de engenho); José Augusto Meira Dantas (jurista); José Bezerra de Araújo (político); José da Costa Villar (político); José da Costa Villar Filho (militar); José Gotardo Emerenciano Neto (poeta); José Joaquim de Castro Barroca (comerciante); José Leiros (escritor); José Maria Vilar da Silva (economista); José Maria Vilar de Queiroz (diplomata); José Ribeiro Dantas Sobrinho (senhor de engenho); José Ronaldo Vilar de Queiroz (economista); Juares Magalhães de Almeida (engenheiro); Jurandir de Bizarria Mamede (general); Juvenal Antunes de Oliveira (bacharel e poeta)
L
Lúcia Helena Pereira (literata); Luís de França de Castro Barroca (jurista); Luís Lopes Varela (industrial); Luiz Tavares Guerreiro (militar)
M
Manuel de Gouveia Varela (senhor de engenho); Manuel Hemetério Raposo de Mello (desembargador); Manuel Tavares de Araújo (bispo); Manuel Varela do Nascimento (barão); Marcelo Navarro Ribeiro Dantas (desembargador); Maria Anunciada da Costa Villar (abolicionista); Maria Célia Ribeiro Dantas de Carvalho (professora); Maria Cleide Ribeiro Dantas de Carvalho (professora); Maria Elza Bezerra Cirne (professora); Maria Madalena Antunes Pereira (escritora); Mário Antônio Ribeiro Dantas (engenheiro); Mário Henrique de Holanda Godoy (jurista); Miguel Antônio Pinto Guimarães (barão); Miguel Ribeiro Dantas (1º) (senhor de terras); Miguel Ribeiro Dantas (2º) (barão); Miguel Ribeiro Dantas (3º) (senhor de engenho); Milton de Gouveia Varela (senhor de terras); Milton Ribeiro Dantas (médico); Moacir Torres Duarte (político); Múcio Vilar Ribeiro Dantas (jurista)
N
Nilo de Oliveira Pereira (escritor)
O
Octávio Augusto de Bastos Meira (político); Octávio de Gouveia Varela (médico); Olegário de Oliveira Júnior (jornalista); Olyntho José Meira (político); Orlando Vilar Ribeiro Dantas (jornalista)
P
Paulo Augusto Queiroz da Silva (jornalista); Paulo Frassineti de Oliveira (juiz)
R
Roberto Pereira Varela (político); Roberto Villar de Sena (administrador); Rubens Fausto José Mesquista da Cunha Ribeiro (engenheiro); Ruy Antunes Pereira (senhor de engenho); Ruy Antunes Pereira Júnior (político); Ruy Pereira Gaspar (engenheiro)
S
Samuel Bolshaw (engenheiro); Selme Lisboa da Costa Vasconcelos (psicóloga); Sérgio Pereira Gaspar (economista)
T
Thadeu Villar de Lemos (escritor)
V
Vicente Ignácio Pereira (1º) (médico); Vicente Inácio Pereira (2º) (poeta); Victor José de Castro Barroca (senhor de engenho)
W
Waldemar Dias de Sá (intelectual); Wellington de Campos Leiros (poeta)
Z
Zenóbia Fernandes Colares Moreira (doutora em letras).