sexta-feira, janeiro 30, 2009

Abalo na oligarquia Alves

Alves perdem poder
Coluna Alex Viana
Jornal JH 1ª Edição
Natal, quinta-feira, 29.01.2009
Numa mesa em um restaurante da zona sul, atores de um determinado grupo político comentavam o que diziam ser a perda de poderio político da família Alves "em pouquíssimo tempo". Foi quando um deles chamou para si a conversa e comentou que na passagem de 2008 para 2009 a família perdeu a presidência do Senado, a presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Prefeitura de Natal, a Prefeitura de Parnamirim e uma cadeira na Câmara Municipal de Natal - se referindo às perdas de controle executivo dos referidos órgãos e de mandatos por parte do senador Garibaldi Alves (Foto), do conselheiro Paulo Roberto Alves, dos ex-prefeitos Carlos Eduardo Alves e Agnelo Alves e do ex-vereador Geraldo Neto.

Abalo na oligarquia Alves

Liderança familiar
Na avaliação feita, quem desponta como liderança inconteste da família - com forte influência nas articulações políticas de 2010 - é o deputado federal Henrique Eduardo Alves que, além de presidir o PMDB no Rio Grande do Norte, continuará a exercer a liderança da maior bancada do País na Câmara dos Deputados - inclusive podendo influir na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(Foto: Agnelo Alves, ex-prefeito de Parnamirim)

Abalo na oligarquia Alves

Erro estratégico
Ainda conforme a análise, o maior erro do grupo político Alves em 2008 foi excluir a candidatura do deputado estadual Walter Alves (PMDB) a prefeito de Parnamirim. Sem Senado, sem TCE e sem Prefeituras de Natal e Parnamirim, os "bacuraus" estariam fadados a ser nos próximos anos o que os "araras" (DEM) foram nos últimos 20 anos - um grupo político fora do poder.
(Foto: Paulo Roberto Alves, ex-presidente do TCE/RN)
Alves perdem poder
Coluna Alex Viana
Jornal JH 1ª Edição - Natal, 29.01.2009

quarta-feira, janeiro 28, 2009

O que se comenta nos alpendres, no verão...

De olho em Lauro Maia e Família...
Coluna Linhas Gerais
Bruno Falcão
PRATO CHEIO
Já tem gente querendo saber qual a estratégia que o advogado Lauro Maia (Foto) vai usar para calar a opinião pública sobre o escândalo na Saúde do Estado, caso ele se viabilize herdeiro das bases políticas do pai, Lavoisier Maia (PSB) e da irmã, Márcia Maia (PSB) e se lance candidato a deputado estadual. Nas hostes adversárias seria um prato cheio para culpá-lo pelo caos que vive a saúde estadual.
CONSEQUÊNCIAS
Além disto, os supostos desvios e o caos na Saúde poderão, também, eclipsar a candidatura da governadora Wilma de Faria (PSB), mãe dele, ao Senado Federal. Analistas apostam que tais indícios podem fazê-lo repensar a disputa por uma vaga no legislativo potiguar. Ainda mais se tratando de um estreante.
Gazeta do Oeste Mossoró-RN, Quarta, 28 de janeiro de 2009

A Justiça manda soltar...

Caso da menina Elizete Moura
Tribuna do Norte
Natal/RN, Quarta, 28 de Janeiro de 2009 •
Justiça manda soltar acusados de matar e mutilar menina de 10 anos
28/01/2009 - TN Online
Os presos Francisco Veridiano Fernandes da Costa, Wollas Cristian Fernandes da Costa e Carlúzia Maria de Oliveira, todos condenados pela morte da menina Elizete Moura, 10 anos, ocorrida em 10 de novembro de 1996, foram beneficiados com uma ordem judicial que vai mantê-los em liberdade. Os três foram condenados a 37 anos de reclusão durante o julgamento realizado em dezembro do ano passado na cidade de Ipanguaçu, mas agora ganharam o direito de recorrer da sentença em liberdade. Além deles, outros quatro foram condenados, porém um deles está morto.
Francisco Veridiano e Wollas Cristian Fernandes cumprem pena no Complexo Penal Agrícola Estadual Mário Negócios (CPEAMN), situado na zona rural de Mossoró, enquanto Carlúzia Maria está presa na Segunda Delegacia de Polícia Civil, onde funciona um presídio feminino improvisado. A defesa do trio entendeu que a pena aplicada foi muito acima do esperado e deverá recorrer de decisão em segunda instância.
Até lá, o trio terá a oportunidade de permanecer em liberdade, até que saia a nova decisão. Caso sejam condenados novamente, podem recorrer mais uma vez.
No julgamento, ocorrido na Comarca de Ipanguaçu em dezembro passado, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu a condenação dos três por homicídio duplamente qualificado. O promotor Augusto Flávio lembrou o depoimento que eles prestaram na época das investigações, onde todos teriam confessado a autoria do crime com riqueza de detalhes. Mas em julgamento, eles voltaram atrás e afirmaram que confessaram o crime sob tortura intensa, porém a versão não foi acatada pelos jurados, que optaram pela condenação dos réus a 37 anos, cada um.
O crime teve uma enorme repercussão em todo o Rio Grande do Norte e até hoje gera grandes polêmicas. Além de Carlúzia, Wollas e Francisco Veridiano, também são acusados: Francisco Heleno Felipe (condenado e preso), Jofre Pinto Fernandes (preso e condenado), Kátia Cristina Fernandes (presa e condenada) e Luzialba Pinto Fernandes. Esta última foi a júri popular, onde terminou sendo absolvida, mas logo em seguida foi assassinada. O acusado do crime é o irmão de Elizete Moura, Erinaldo Moura Lemos, que também foi morto meses após este assassinato.
Fonte: Jornal De Fato (Ilustração)

A Justiça manda soltar...

Caso da menina Elizete Moura
Tribuna do Norte
Natal/RN, Quarta, 28 de Janeiro de 2009 •
Comente esta notícia Ler Comentários (9)
jmflorestabarbosa@... 28/01/2009 - 07h55
E ainda chamão de JUSTIÇA.
edson_modesto@... 28/01/2009 - 10h07
se essa criança fosse parente de alguem que defendeu estes animais, será que teriam o mesmo tratamento?
cadê a pena de morte legalizada? faz falta. Com ela evitariamos muitas mortes de pessoas de bem, inclusive crianças. Estes soltos, logo estarão cometendo novos crimes. A prisão para eles, é uma Universidade do crime, paga pelas vitimas.
jpnazevedo@... 28/01/2009 - 11h23
Bom Dia
com toda franqueza, todo mundo sabe que nesse pais (Brasil) a justiça so funciona para quem nao pode pagar um advogado.....afinal nao existe justiça. para quem tem dinheiro...pode e preso e rico responde em liberdade...da licança.....
flor.cia@... 28/01/2009 - 12h25
Indignação, revolta... Não tenho palavras para definir o veredicto deste juiz...Essa é a justiça do nosso país!
mjony@... 28/01/2009 - 12h40
de que adianta fazer todo um ritual que é um julgamento, se pouco tempo depois criminosos ganham a liberdade devido a colcha de retalhos que é as leis brasileiras? tem que dar um fim logo, é menos trabalho para a justiça e é menos gente comendo e dormindo na prisão as custas do contribuinte, é o nosso dinheiro alimentando alguém que num curto espaço de tempo estará nasruas cometendo novos delitos, e até matando novamente pessoas. Quando os políticos irão acordar de que é preciso fazer uma revisão drástica nas leis?
wssilva@... 28/01/2009 - 12h44
Em quanto os Cidadãs Brasileiro ficar preso em casa atrás das grades. Os Criminosos ganham libardade a cada dia. Deve ser por isso que a justiça é cega.
avcamara@... 28/01/2009 - 13h21
Palhaçada !
Os maiores culpados são os deputados e senadores que não mudam essa legislação penal protetora de bandidos. O povo também é culpado porque se vende nas eleições, votando em seus próprios inimigos.
alexandre.favaro@... 28/01/2009 - 14h00
Que imoralidade
Justiça? JUSTIÇA??
Isso é justiça???
Por isso que deveriamos ter pena de morte, pelo menos já teriam morrido para que a justiça os libertasse...
neto1976@... 28/01/2009 - 15h50
Gente, a família da Elizete bem que poderia tomar outras providências...

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Um governo de gambiarra

Deu chabu na guarda pretoriana
Com respeito e cortesia aos nomes que foram agraciados para compor o novo secretariado da administração municipal, temos a dizer que alguns foram absolutamente surpreendentes, quando anunciados, no sentido da frustração das expectativas. Com efeito, como dizemos, a sensação foi de fogos de artifício que não detonam, nem acendem, ou que estouram imprevistamente — deu chabu a guarda pretoriana! Acreditamos que, muito certamente, parte da população, em especial dos contribuintes e dos eleitores da Borboleta, deve ter ficado atabalhoada com a coragem e a audácia da nova prefeita, que teve o desassombro de anunciá-los e de, posteriormente, colocá-los, efetivamente, em cada um dos seus galhos, enfim, nos seus encargos e suas alçadas.
Sinceramente, para uma administradora de empresa privada bem-sucedida - a TV Ponta Negra -, habitué das convulsões, abalos, jogos e praxes do mundo corporativo, que dribla e sobrepuja com galhardia as vexações da crise econômica internacional, de certa forma desapontou aquela parte da população, azabumbada com os seus primeiros passos.
Na verdade, foi muito alta a expectativa gerada, diante de quem esteve a recolher, para aplicações concretas, opiniões, lições e recomendações, de cunho filosófico e administrativo, moral e espiritual, de expoentes da política nacional como Aécio Neves, prefeito de Belo Horizonte, e José Serra, governador do Estado de São Paulo. Daí aquela fração da população sentir-se atoleimada, aparvalhada, ao enfronhar-se de alguns nomes, saídos de público da boca da Borboleta, para ocupar competências e atribuições cujos compromissos e abrangências são sobejamente conhecidas. (Ilustração)

Um governo de gambiarra

Dácio Galvão: caudal informacional
e densidade cultural
Sem querer entrar no mérito de outras secretarias, nós e aquela parcela da população estupidificada, externamos apenas nosso desapontamento diante do nome escolhido para a pasta da cultura - que aqui, na província, se materializa na Fundação Cultural Capitania das Artes. A indicação do nome para o setor - o artista plástico e jornalista César Revoredo - causa incômodo muito especialmente em termos comparativos, diante do caudal informacional, e da densidade cultural e profissional do ex-presidente da Capitania, que repassou o posto, escritor e poeta Dácio Galvão. Devemos fazer conhecer nosso estado de espírito, e daquela porção da população embasbacada, ao sabermos da escolha, livre e desimpedida, da Borboleta, que nos soou como uma desimportância e uma desconsideração para com o setor.

Um governo de gambiarra

Capitania: casulo novo para
jovens aspirações?
Isto porque, para nós e para aquele quinhão pasmado da população, que reúne contribuintes e eleitores, enfim, cidadãos, cultura diverge - e muito - de entretenimento, de divertimento e distração. A Capitania das Artes dispõe - e sempre disporá - de um orçamento invejável, recursos sonantes e prontos para serem capturados, facilidades burocráticas, livre trânsito para as patacas e os jabaculês, daí porque ser propícia para a implantação e consolidação de políticas culturais, oportunizadas no decorrer de quatro anos, alcançando nos seus propósitos uma clientela muito mais precisada, vasta e com melhor retorno do que os valores desembolsados em efemérides pontuais, passageiras e perdulárias, e sem quaisquer compromissos, tanto da parte de quem oferta quanto do seu consumidor. Quando se sabe que a única política pública efetivamente implantada nas últimas décadas, em termos de investimentos pesados estatais, tem sido a do extermínio da juventude, em especial da camada juvenil da periferia, esperava-se, de uma Borboleta, que trouxesse o desabrochar de novos talentos, que fizesse da Capitania um casulo novo para jovens aspirações culturais, enfim, que transformasse no Trampolim da Vitória dos mais necessitados, um instrumento público de promoção da verdadeira cultura. Nunca a ameaça de vir a transformar-se numa caixa de registros mercantis, a negociar valores vis, ou para ordenar e controlar o movimento e os passos de sonhadores e artificiosos, contá-los e enumerá-los e, por fim, utilizá-los como numa roleta russa nas próximas eleições.

Um governo de gambiarra

O povo dinamiza a cultura local
Sabemos, e também sabe aquela parte fragmentada da população parva, varada e zonza, que política pública, de alguma forma, faz com que o cidadão chegue a criar autonomia para procurar e escolher seus próprios programas. Nada de forma impositiva.
Trata-se da ação do poder público que se baseia em operações, princípios, procedimentos administrativos e recursos orçamentários voltados para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos através de atividades culturais, artísticas, sociais e, tchan, tchan, tchan... recreativas. Mas diga-se que a estratégia para este caso é a promoção de atividades culturais onde o público seja participante ativo. O povo, essa coisa que vira "público-alvo", no dizer dos gestores da cultura, entra, ele próprio dinamizando a cultura local a partir de suas referências, mas isso sem precisar desconsiderar a arte erudita. Todos ficam sabendo que o mais importante deixa de ser o acesso aos bens culturais, coisa que a gente se acostumou a ver por aqui, às vezes até de forma paga, mesmo quando se beneficia das leis culturais que patrocinaram, e passa a ser a participação ativa da população na criação e nos processos culturais. Dá pra encarar? (Foto)