sábado, setembro 09, 2006

Nossa solidariedade incondicional...

Paulo,
Decidi mandar este desabafo para você por ser um jornalista atuante e defensor (de um Brasil limpeza, contra) do que é injusto e errado. Dou o título:
Difícil viver


O que eu passei na quarta-feira passada, 06 de setembro, não é coisa de primeira vez e, sim, mais uma ocorrência no "difícil viver" da família que possui um deficiente e quer que ele seja tratado com respeito e igualdade de direitos.
Já redigi outros "gritos" de protesto em defesa de minha irmã que é deficiente física (cadeirante). Certa feita foi no carnaval, quando, ao pedir para estacionar o carro em uma rua que dava acesso ao desfile e explicar quem estava transportando, escutei do policial militar: "O que uma aleijada quer ver aqui?" Os estacionamento dos supermercados, ocupados sempre por pessoas não deficientes. Certa feita, em um shopping, um carro trancou o meu, que estava no estacionamento para deficientes, impedindo-me de colocar minha irmã de volta no carro. E outras situações desagradáveis.
O ocorrido quarta-feira foi o pior, por vir de pessoas da área de saúde, que deveriam ter uma orientação e compreensão dos problemas de um deficiente. Necessitei de uma ambulância para levar minha irmã até o hospital, com uma crise de erisipela. Não poderia colocá-la no meu carro, pois machucaria sua perna. E o fato dela ser "gordinha" e estar sentindo dores dificultava mais. A resposta ao meu pedido foi negado, pois, segundo o atendimento, não era caso de urgência, porque a perna "ainda não estava com bolhas". E me disseram: "Chame um táxi e coloque ela no banco traseiro do carro", em um tom de quem diz: "Jogue a coisa no banco." Gritei com a pessoa que deu a sugestão e que me disse que as normas atuais do plano de saúde não permitem o transporte solicitado. Só se for urgente. Pedi que fosse lá em casa e visse. Foto.

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