segunda-feira, setembro 11, 2006

A bitola do poder alegre

Não abrir flanco à imprensa...
– Mas como justificaram a despesa? Eu talvez pareça ingênuo, mas não sei como se faz. E talvez eu possa vir a precisar, no futuro... que espero não demore...
– Você nem pergunta do menino? Você não viu o mancebo? Vivia nas colunas sociais, como parente de alguma biba daqui. Por que não indaga sobre o rapaz? Vamos deixar esse papo de dinheiro, pois pode haver uma escuta telefônica, ou pela parede, e aí, sim, estaremos perdidos – você e eu. E a última coisa que poderei fazer na vida é machucar a Madonna, minha madrinha. Isto nunca. Nunquinha!!! Não quer saber do garoto? Um verdadeiro deus! Todo sarado, guapo, corpo malhado, marombado, um bicho versátil, com uma jeba de cinema...
– Claro, evidente. Estou seco para saber como era o pimpolho...
– Bem, você sabe, o conhecemos num site, na internet. Antes, conversamos muito, tive a idéia e expus para a Turma do Pau Desfolhante e as Netas de Augusto Severo, as bofonecas que vivem na ponte aérea. Que tal trazer um garanhão, andar com ele, exibi-lo, mostrá-lo nas festas, nos bares, em vernissage, nessas reuniões gays que costumamos freqüentar com a Turma do Pau? Acharam interessante. Devo dizer que apenas três ou quatro sabiam da operação em si, para não abrir flancos à imprensa.

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