quarta-feira, setembro 27, 2006

Campanha: a desventura na reta final

“Meu caro Xeque, o senhor não entende de política, o senhor não tem experiência política para entender a fundamentação de nossas alianças políticas”. A frase, carregada de desdém, foi formulada pelo senador Garibaldi Alves, em resposta ao candidato Xeque Humberto (PTC), que comentara a estranheza da população em torno dos pactos obscuros firmados pelo PMDB com antigo adversário do PFL no Estado, senador José Agripino Maia.
Este passou a colaborar com os Alves, visando apoio para catapultar a campanha do seu filho, Felipe Catalão Maia, candidato a deputado federal, para garantir o futuro da família com rendimentos na política. Já que a política garante um faturamento muito mais em conta e sem as apreensões, riscos e prejuízos da iniciativa privada, área onde o empresário Felipe Maia tem experiência, já que chegou a atuar, com um contrato que garantia, com exclusividade, a venda de combustível da Petrobrás no Aeroporto de Natal, graças à intervenção do seu pai senador e do PFL, partido que controlava o Ministério de Minas e Energia no governo FHC, ao qual a estatal se subordina, conforme trouxe a público o jornalista Solano Nascimento, na edição 197 da revista Época, de 25/02/2002. (Leia aqui.)
Eram legítimas as dúvidas e questionamentos dos candidatos dos “descamisados”, sendo repetidos o mesmo desalinho e negligência sobre suas condutas, na demonstração de arrogância tanto de parte do senador como da governadora com relação aos dois “candidatos populares”. Nada se esclareceu ao eleitor da “salada” a que a política potiguar se viu transformada, em razão da disputa encarniçada pela receita do orçamento.
Restou demonstrada, contudo, de forma cabal, a completa ausência de ética e a distância de princípios que possam evidenciar as verdadeiras intenções das gestões futuras nas mãos desses grupos, com seus potentados como administradores públicos, que possa culminar em prol do bem-estar e da felicidade da população potiguar, pelo menos daqui a muitas e muitas décadas.

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