segunda-feira, setembro 11, 2006

A bitola do poder alegre

Estava um cagaço geral...

– Mas tava um cagaço geral. Todo mundo sendo investigado. Quando li nos jornais, lembrei logo do Fernandinho. Acabava de ser descoberto o escândalo das bandas da Fundação José Augusto. Poderia sobrar pra você...
– Imagina! Nosso trabalho foi internacional. De mais a mais, uma operação rotineira. Numa transa desse tipo, não existe subtefúrgio, grandes tramas, envolvimento de terceiros. Tudo é feito às claras. E é tudo muito simples. Você viu que, no caso das bandas, todo dia era um lero-lero, um cerca-lourenço: muita desculpa, escapadelas de um, escusas de outros, muita coisa evasiva, fuga de neguinho, arrodeios, tergiversação. Com Fernandinho, não. Foi o preto no branco. Literalmente. A gente viu o cara na internet, aquele morenaço retumbante, pauzão, coxão, carão. E dissemos: vamos trazer o negro? Vamos! – todas concordaram. Trouxemos. O cara até já se foi. Babau! Gozou, comeu, bebeu, fumou, cheirou, passeou. Tudo às claras. Tudo pago, tudo limpo. Na maciota, fizemos uma coisa, vamos dizer, proba. Oh palavrinha escrota!... De mais a mais, esse papo do Foliaduto já era. Aguarde que isso vai sumir. (Foto).

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