
“Falando sobre o tipo de felicidade que é perseguido em nossa sociedade, o filósofo Mário Sérgio Cortella adverte, de olho na guerra que está nas ruas: “O capitalismo é sustentado na ganância. A pobreza não é um defeito eventual, é a essência. Para que alguém possa acumular, alguém não pode ter. A ganância não é um deslize, é essência. Há um impulso homicida no modo como o capitalismo está organizado. As energias da frustração são a mola central do consumo desvairado, e a frustração vai parar em grande parte no gatilho, e não na caixa registradora. Uma divindade chamada mercado é geradora de frustração, e não de felicidade. Por quê? Porque anuncia o simulacro como verdadeiro, a representação como apresentação. Aquilo não está presente, está representado e produz ansiedade, frustração e desespero.”
Como não há no horizonte esperança de qualquer mudança, na certa haverá alterações a partir de algum momento, algum transtorno, diante do nosso insensível e extremamente injusto mundinho fashion. É pagar pra ver?” (Paulo Augusto, Encartes, Jornal de Natal, 16.12.2002. Foto.)
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