segunda-feira, outubro 30, 2006

Voto de confiança nos reeleitos

"Mesmo na condição de correligionários e simpatizantes das figuras públicas alçadas ao exercício dos cargos governamentais, ainda assim não devemos jamais renunciar ao poder de formular-lhes críticas, sempre que isto seja necessário para a correção de rumos das suas ações administrativas.
"Sabemos que, por grave deficiência da nossa formação política, na maioria das vezes os que se encontram nos cargos de chefia do Estado são refratários à crítica, mesmo às chamadas críticas construtivas. Esta é uma das razões pelas quais tanta gente se esquiva da tarefa "perigosa" de abrir os olhos dos governantes para seus eventuais erros. E, assim, a maioria das pessoas prefere se distanciar dos problemas que dizem respeito ao interesse público para não passar pelo risco de se indispor com os poderosos.
"Já o eleitorado oposicionista, atiçado pelas lideranças naturalmente interessadas em preparar o caminho para o rápido desgaste dos ora eleitos (a fim de tomar-lhes o lugar na próxima eleição), tende a ser mais cáustico nas críticas, injusto mesmo, quando o ideal seria a avaliação e o julgamento sem preconceitos, à base do equilíbrio e da razoabilidade.
"Vale a pena pois, neste momento pós-eleitoral, por exemplo, reconhecer pelo menos alguns méritos nas ações tanto do presidente Lula quanto da governadora Wilma de Faria, ambos agora reconduzidos pelo povo a novos mandatos."

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