quarta-feira, outubro 04, 2006

Semurb contribui para a cidade ilegal

Para o advogado Ednaldo Pessoa, contudo, “o entrave que existe é com relação à legalização do bem na prefeitura, porque o cartório segue rigorosamente a norma”. Ele explica: “O cartório não registra qualquer imóvel havendo qualquer deficiência de documento. No meu caso específico, nosso documento começou no setor fundiário, foi para o setor cartográfico, depois para o protocolo, depois voltou para o setor fundiário, cartográfico, protocolo. E fica pra lá e pra cá. Depois veio para a Secretaria de Tributação do município, foi para o setor de fiscalização. Uma pancada de coisas que na realidade não precisava. Esse imóvel já foi escriturado sete vezes, já vai para a oitava vez. É um imóvel antigo, com uma carta de aforamento conseguida há muito tempo. Eu tenho interesse porque faço parte. A última vez que eu fui lá ficou para assinar. E eu perguntei ao funcionário: ‘E dessa vez, quanto tempo leva?’ O funcionário me disse: ‘Ah, doutor, vai pra lá, mas a gente não sabe quando volta. Vai pra lá, mas não tem prazo, não tem tempo pra voltar’. E eu disse: ‘Mas pra uma assinatura?’ A Semurb, pelo que eu vi lá, está realmente informatizada. O que eu noto que ocorre é justamente a burocracia que impera lá dentro. A falta de poder em cada elemento que ocupa seu cargo. Que tenha responsabilidade por aquele cargo. Fica fulano jogando para sicrano, sicrano joga para fulano. E na realidade, só quem sofre é o contribuinte.” (Jornal de Natal, edição de 02.10.06.)

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