domingo, outubro 08, 2006

Vale fazer jornalismo?

RP - A Universidade dá todas as condições de aprendizagem? Tem laboratórios (de fotografia, de rádio, de TV etc.)?
MS - Sim, existem esses espaços. Temos a TV Universitária, que é uma ferramenta de extrema importância para quem quer atuar com televisão. Temos um laboratório de fotojornalismo todo equipado. O mais engraçado é que paguei foto com as antigas máquinas analógicas do curso. O filme que a gente usava era inclusive preto e branco. Um semestre depois, chegaram máquinas digitais novinhas (risos). Há ainda um programa chamado Toque de Rádio, encabeçado por alunos do curso. Quer dizer, os espaços existem e estão lá à disposição, basta procurá-los.
RP - Que tema escolheu para sua monografia? Por quê? Que nota (recepção da banca) obteve?
MS - Durante dois anos trabalhei com assessoria de imprensa para a Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU/RN). Os resultados alcançados superaram todas as expectativas. Com o apoio e divulgação da imprensa a Gerência saiu do ostracismo e virou um órgão conhecido. A GRPU/RN é atualmente sediada no Ministério da Fazenda, no bairro da Ribeira. O edifício abriga, porém, outros cinco órgãos. Estes sem trabalho nenhum na área de assessoria de imprensa. Com base nisso, criei uma proposta de assessoria para órgãos públicos. A idéia é abocanhar essa fatia de mercado que, lá, ainda está aberta. O projeto recebeu nota 10 da banca examinadora.
RP - Que acha, depois de formado, do mercado de trabalho? Quais os planos para trabalhar? Em quê? Fale sobre as expectativas de seus colegas de turma acerca de trabalho profissional. Como vê o mercado de trabalho no Rio Grande do Norte?
MS - Antes de mais nada acho que a pós-graduação é um ótimo momento de reflexão. O primeiro dia após a colação é até um pouco assustador. É meio "e agora?". Como abrir espaço em um mercado exíguo como Natal? É unânime o conceito de que trabalhar com jornalismo em Natal é difícil, no sentido de se firmar no mercado. Não acredito que ninguém dos meus colegas formandos possua opinião diferente. A concorrência e a oferta são por demais desiguais. Isso por si só já em um agente dificultador. E há, claro, jornalista e jornalistas. Com menos de quatro anos de atuação na área já passei por situações de pessoas que buscavam subir na profissão passando a perna em outros. Por isso cuidado com quem escreve do seu lado (risos). Quanto ao trabalho, por enquanto, para mim não houve grandes mudanças. Continuo atuando na mesma área e assim pretendo prosseguir por mais algum tempo. Gostaria de experimentar uma redação de jornal. Como me expresso melhor escrevendo que falando, os impressos me atraem mais. Quero começar 2007 colocando meu projeto em prática e abrir espaço junto aos órgãos do Ministério da Fazenda. Bom, é isso.

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