domingo, outubro 08, 2006

Jornalismo de vassalagem e atraso

No momento, o Sindjorn, cuja atual diretoria, mesmo lutando sem o respaldo da categoria, vem sendo contestada por um grupo de jornalistas descontentes com sua atuação, encaminha para negociação valores que nem de longe chegarão a cobrir o real custo de vida no Estado e no país.
Num Estado reconhecido como detentor da menor remuneração paga a jornalista em todo o Brasil, o Sindjorn apresenta, na mesa de negociação com os patrões, propostas que apontam para um aumento de R$ 138,67 (20%) para o nível 01, que ficaria com R$ 832,01; um percentual de 18% para o nível 02, aumentando R$ 128,56 sobre o atual piso, que o elevaria para R$ 842,76; e finalmente 10% sobre o atual salário de nível 03, que passaria para R$ 956,40, com R$ 87,22 de reajuste.
Ao se constatar, diante desse quadro salarial, que o trabalho em jornalismo no Rio Grande do Norte tenha se transformando num simples "bico", a direção do Sindjorn vem trabalhando para uma modificação na sistemática das negociações.
"Estamos insistindo na criação do piso único, utilizado na maioria dos Estados. Acreditamos que enquanto não houver uma boa qualidade de salários, vai continuar a baixa qualidade do jornalismo nas empresas jornalísticas", diz o presidente do Sindicato, jornalista Aluísio Viana. "Nenhum jornalista vai ter dedicação exclusiva a um trabalho ou tampouco permanecer num emprego que não lhe proporciona um salário digno e tenha uma recuperação mínima das perdas salariais nos últimos anos. Isso está provado na imensa rotatividade dos jornalistas nas redações, insatisfeitos com os salários e como conseqüência da péssima produtividade do jornalismo potiguar". (Foto.)

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