terça-feira, outubro 10, 2006

Carta a um historiador de um tempo futuro

"Romântico que sou, remeto-lhe essa mensagem dentro de uma singela garrafa que lançarei ao mar. Mas, por precaução, e por via das dúvidas, a enviarei ,ainda hoje, também a alguns websites, espalhando-a assim na internet. Não que ainda nutra a esperança de ser compreendido pelos homens de meu tempo, mas apenas, como disse, por precaução, já que o registro digital estaria supostamente imune às intempéries e à sordidez dos homens.
A disputa eleitoral desse ano de 2006 carece de isenção. A imprensa, conforme já lhe antecipei, quase que na sua totalidade, serve à causa de apear do poder o atual presidente, um homem do povo, e que para este governou. A justiça eleitoral esteve, o tento todo, sob forte suspeição. O presidente do TSE tomou partido pelo candidato dileto do establishment e fez declarações capazes de constranger qualquer magistrado, jornalista ou historiador. Acerca disso, também, a imprensa calou-se. O candidato Luiz Inácio, só para se ter uma idéia, perdeu algo em torno de 50 minutos do seu tempo na TV no primeiro turno, o outro perdeu menos de 5 minutos. Houve fortes indícios de fraudes aqui e ali. Pesquise o incongruente resultado das eleições para Presidência, no primeiro turno, no estado do Acre. Na zona rural de Pernambuco, distribuiu-se santinhos onde se via estampada a foto de Lula associada ao número de Alckmin. No RJ e SP, pesquise os casos dos candidatos ao senado Jandira Feghali e Suplicy. As pesquisas eleitorais foram manipuladas. Uma vergonha! Compare o resultado da eleição para governador na Bahia com as pesquisas eleitorais até as vésperas do pleito, por exemplo. E a injustificável demora na apuração em São Paulo!"

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