domingo, agosto 13, 2006

Presidência de Assembléia de Rondônia empregava 756

Tanto o valor do orçamento da Casa como o número de funcionários comissionados são definidos pelo regimento interno da Assembléia. Possíveis desvios legais devem ser fiscalizados, em primeiro lugar, pelo Ministério Público e, depois, pelo TCE (Tribunal de Contas Estadual).
A Operação Dominó, que desbaratou o esquema, mostrou que ambos os órgãos fiscalizadores tinham membros de primeiro escalão envolvidos no esquema. O ex-procurador geral de Justiça José Carlos Vitachi e um conselheiro do TCE, Edilson de Souza Silva – que já foi advogado de Carlão –, foram presos na última sexta.
Esses dados sobre funcionários e salários do gabinete de Carlão não se referem à “folha suplementar” do deputado, lista paralela de empregados laranjas que vigorou de junho de 2004 a junho de 2005 e que desviou R$ 1,4 milhão, ainda segundo a Polícia Federal.
Em relação a essa lista, o documento cita o caso de duas pessoas físicas e duas jurídicas (empresas) que recebiam recursos públicos.
Em média, o valor pago por Carlão gira em torno de 10% do orçamento total da Assembléia, que tem 24 deputados – 23 dos quais suspeitos de envolvimento no esquema.
A Folha tentou ouvir, durante a tarde de ontem, os dois vice-presidentes da Mesa Diretora da Assembléia, Kaká Mendonça (PTB) e Haroldo Santos (PP), mas ninguém atendeu em seus gabinetes.

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