sexta-feira, novembro 10, 2006

Miseráveis do RN

Enquanto isto, da massa de eleitores, que elegeram a governadora Wilma de Faria no Rio Grande do Norte, apenas 904.030 norte-rio-grandenses - ver que eles estão localizados entre os que têm a graça de estar trabalhando - viverão as regalias de contar em dezembro com o pagamento do seu 13º. Número que não inclui os que se viram como servidores públicos.
Desse total, apenas 426 mil são beneficiários da Previdência Social, trabalhadores que correspondem a aproximadamente 47,1%, do total dos empregados.
Em todo o Estado, para uma população de mais de 2 milhões de habitantes, no mercado de trabalho, os empregados formais (com carteira assinada) correspondem a apenas 463 mil viventes (chegando a 51,2% de quem logrou arranjar um emprego), alcançando somente 15,2 mil (1,7% da massa trabalhadora com ocupação) os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada.
Pois se encontram nesses empregados formais aqueles que no Estado obtêm a maior renda média, que alcança a quantia de R$ 824,4 - enquanto a renda dos empregados domésticos está estimada em R$ 409 e a dos aposentados e pensionistas em R$ 392.
São dados divulgados pelo Diário de Natal desta sexta-feira, 10.11.06, que espelham essa triste realidade vivida pelo RN. Dados retirados dos números coligidos pelo Dieese, com base em estatísticas da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) –, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2005) do IBGE, e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social.
Famintos e maltrapilhos
Da população total do estado, onde estão os votos de cabresto cativos da oligarquia formada pela governadora Wilma de Faria, vivem na indigência 23,3%, pessoas que o governo Lula gosta de chamar com o eufemismo de "em situação de insegurança alimentar grave".
Pois para esses norte-rio-grandenses que o IBGE desnudou como "em situação grave de insegurança alimentar", as políticas públicas de assistência ou inclusão social sequer arranharam as portas de seus domicílios humildes. São 456 mil potiguares para quem o dia e a noite se confundem na falta de perspectivas. De acordo com a pesquisa do IBGE com base em informações obtidas entre os anos de 2003 e 2004, são 456 mil norte-rio-grandenses que vivem na incerteza de ter um prato de comida à mesa, ou nos casos mais graves, passam fome.

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