sábado, julho 29, 2006

A vida fora do armário

Jean Genet
Ladrão, prostituído, prisioneiro, mendigo, bastardo, Jean Genet é um dos monstros sagrados da literatura francesa. "Apenas um punhado de escritores do século XX, como Kafka e Proust, tem uma voz e um estilo tão importantes, tão autorizados, tão irrevogáveis", escreveu Susan Sontag no lançamento de romances do autor nos Estados Unidos, em 1963.
Genet passou a juventude em reformatórios e prisões onde afirmou sua homossexualidade. Enquanto compunha romances ou peças consagradas como "O balcão", "Os negros" e "Os biombos", criou uma chocante mitologia pessoal marcada por escândalos, roubos e rixas. Colecionou uma sucessão de amantes, que o acompanharam pelo bas-fond parisiense e conquistou o grand monde intelectual europeu. Seus primeiros trabalhos, "Nossa Senhora das Flores" e "O milagre da Rosa", chamaram a atenção de Jean Cocteau, mas foi através da influência de Jean Paul Sartre que ficou famoso.
O romance "Diário De Um Ladrão", do dramaturgo e escritor francês Jean Genet (1910-1986), fala do submundo. Como destaca Ruth Escobar na apresentação da edição publicada pela Nova Fronteira, Genet utiliza-se de uma linguagem essencialmente poética para descrever o mundo dos assassinos, das prostitutas, dos homossexuais, dos travestis e dos marginais de toda ordem, elevando-os à categoria de heróis.
Diário de um ladrão, Coleção: 40 anos, 40 livros, Autor: Genet, Jean, Organizador: Escobar, Ruth, Editora: Nova Fronteira. Primeira Edição: 2005 - 224 pág. Preço: R$ 24,90. Relançado em 2006. Ilustração: Jean Genet por Siegfried Woldhek.

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