quinta-feira, julho 27, 2006

Vanilde Rêgo: garimpando as botijas do afeto

Vanilde fala com entusiasmo das reuniões que a Família Rêgo começa a realizar, anualmente, a fim de celebrar os vivos e os mortos, além de fazer novas descobertas.
“Nós tivemos, agora, a primeira reunião dos descendentes do meu avô paterno, José Vicente do Rêgo. Foi uma experiência sensacional. A idéia é poder, no futuro, nos reunirmos todos. Fizemos com 200 pessoas, pois não deu para abranger todos. Foi no dia 22 de abril, e muitos não puderam vir, porque estavam fora de Natal.”
Ela conta as alegrias que teve para produzir seu mais novo livro, “José Vicente do Rêgo e Olímpia Maria da Anunciação”, publicado com o apoio do Café Santa Clara.
Um documento interessante que ela encontrou, e publicou, refere-se ao “Dicionário para Conversar com o Namorado”, todo cifrado, que era posse de seus avós.
“Este eu fiz questão de colocar no livro, para despertar a atenção dos adolescentes, para a história, e também para preservar. É o Dicionário para Conversar Com o Namorado, ainda dos anos 30. Naquela época, a moça não podia namorar com o rapaz. Principalmente no interior, em nossa região de Pau dos Ferros, onde a educação era muito rigorosa. Então, o que acontecia? Inventaram um dicionário para conversar por sinais. Cada sinal significava uma coisa. E eu fiz questão de colocar na linguagem da época. Por exemplo: abaixar a cabeça = estou às ordens. Abrir o livro = estou alegre em te ver. E há uma série de coisas engraçadas, que eu coloquei para os adolescentes verem como era difícil nessa época uma simples conversa de namorados.”
Ela tem um grande projeto, e acha que será viável com a ajuda do máximo de parentes.
“Um dia, eu pretendo até fazer um museu da família. Isto é uma coisa que se pretendo. Porque poucos livros de família têm documentos sobre a família. E neste livro nós temos documentos da família. Diferentemente de outros, nós temos documentos originais da própria família. Preservamos os documentos e os registros fotográficos. Então, a nossa família é um pouco diferente. Talvez haja outras, mas eu desconheço.”

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