segunda-feira, julho 24, 2006

Um estadista temporão

E considerava: quantas imprudências se consolidaram ao longo do tempo, sem que houvesse qualquer estorvo para seus idealizadores? Quem teria a audácia de cobrar o desaparecimento dos 700 milhões de reais da venda da Cosern no governo de Garibaldi Alves? Quem perturbaria o sono dos justos do autor da falência de dois bancos estaduais – o Banco do Estado do RN (Bandern) e Banco do Desenvolvimento Econômico do RN (BDRN) – na administração de Geraldo Melo, gestor público que também levou à falência sua própria usina com dívidas anômalas e impagáveis ao Banco do Brasil?
Sem falar, refletia, que Geraldo é aziago: veio destruir um encantamento que havia no Estado, com a harmônica continuidade dos políticos da Família Maia, há 12 anos no poder, desde a entrada em cena de seu patrono, Tarcísio Maia, que governou de 1975 a 1979, que garantiu a indicação de Lavô, para governar de 1979 a 1983, até chegar à indicação de José Agripino, governador de 1983 a 1986, numa linha direta de sucessão, que permitiu imprimir a marca da família na administração pública do Estado.

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