terça-feira, julho 18, 2006

José Cortez: o triunfo do menino do Seridó

FORROZEIRO

O primeiro sonho, ele realizaria dirigindo seu próprio carro, enquanto o segundo lhe deixaria marcas, distinguindo-o com categoria, em qualquer salão de danças por este país.
Se não conseguiu dominar a sanfona, apesar de ter uma delas na Cortez Editora,
trocada por livros, com muita honra,
Cortez não dispensa,
contudo, os CDs de forró,
que ouve no rádio do carro,
assim como cultiva com esmero
o ofício de "pé de valsa", forrozando com freqüência, semanalmente, para não fugir do figurino que traçou ainda na infância.
"E ainda tem um detalhe", aproveita para contar.
"Quando houve a festa da PUC, no teatro TUCA, no final,
eu dancei com toda disposição, com o sanfoneiro tocando só para mim. Quebrei o protocolo da Câmara Municipal, mas exigi. Se é a minha trajetória, tem que ter forró. E eu sou dançarino de forró. Desculpe, modestamente, mas isto pra mim tem
sido importantíssimo. Tem sido tão importante quanto ser editor.
Tem viajado pelo mundo esse negócio. Danço forró todas as semanas, de duas a três vezes."
Quanto ao terceiro sonho, que era ser professor, ele diz:
"Não fui, no entanto, faço livros para professores."
Depois de receber o título de Cidadão Paulistano,
começaram a chover convites, e ele se viu famoso como um jogador de futebol.
"Foram mil coisas a aparecer. Fui homenageado no ano passado, em Fortaleza, pelo Conselho Federal de Assistentes Sociais. E ainda fizeram um DVD, com depoimentos de vários intelectuais a meu respeito, que eu também não conhecia. E assim por diante. Só posso estar contente." (Publicado no Caderno Encartes do Jornal de Natal de 17.07.06).
Foto do livro A Vez do Menino Cortez.

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