segunda-feira, julho 24, 2006

Um estadista temporão

E explicou a Vilma que o grande orador português, nascido em Lisboa, em 1608, e que veio para o Brasil aos 6 anos, o menino, que alcançaria fama de pregador eloqüente e culto, cuja oratória fundou as raízes da literária brasileira, na escola não era considerado aluno inteligente. Até o dia em que teve forte dor de cabeça, que quase o levou à morte, causada pelo que o menino identificou como um “estalo” na cabeça. Depois disso, ele passou a entender tudo com facilidade, passando o fenômeno a se chamar o “estalo de Vieira”.
Relatou então à ex-mulher, que andava tomado de uma grande dúvida existencial e que botara na cabeça que o político só é estadista quando tem um memorial ou uma fundação que lhe venere a memória.
– Você já percebeu o senso de oportunidade de Aluízio Alves aqui no Estado, de José Sarney, no Maranhão, e de Antônio Carlos Magalhães, na Bahia? Todos eles possuem memoriais, como um templo a salvaguardar suas reminiscências. Por aqui, um exemplo que a gente vê também é o do presidente da Assembléia Legislativa, Robinson Faria, que tem um auditório com seu nome dentro da Casa do Povo.
Vivendo esse dilema de ordem existencial, que o consumia, mais do que as ameaças das coronárias, disse a Vilma que a sua volta triunfal ao poder seria como o renascimento de uma fênix, “ave fabulosa, única da espécie que, após viver 300 anos, supostamente, deixava-se arder em um braseiro para, em seguida, renascer das próprias cinzas”.

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