sábado, junho 28, 2008

Escândalos e segredo de justiça

Polícia
Operação completa 15 dias

e investigação prossegue
sob segredo da Justiça Federal

Jornal de Hoje
Natal/RN, 28 e 29 de Junho de 2008
Governadora Wilma de Faria exonerou mais dois citados na investigação, enquanto a PF tem 15 dias para encaminhar denúncia ao MPF
Neste sábado completa exatamente 15 dias do início da Operação Hígia, justo quando encerra-se o primeiro prazo para que a Polícia Federal (PF) encaminhe para o Ministério Público Federal o nome dos indiciados, depois da análise dos depoimentos e provas colhidas na primeira etapa da investigação. Até o fim da tarde desta sexta-feira, a PF não havia confirmado o fim do seu trabalho, então, como prevê a lei, a investigação poderá continuar por mais 15 dias.
Ontem, a governadora Wilma de Faria exonerou dois dos funcionários públicos envolvidos. A exoneração de Maria Eleonora Lopes D'Albuquerque Castim e João Henrique Lins Bahia Neto foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira. Ambos já haviam entregado as cartas, à governadora Wilma de Faria, solicitando a exoneração. Atualmente, todos os investigados estão em liberdade, depois de deporem e passarem uma semana detidos na sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Norte (SRRN/RN).
Por tramitar em segredo de Justiça, até o momento pouco se sabe oficialmente do que foi dito nos depoimentos, na SRRN/PF, a não ser a versão dada por alguns dos advogados de defesa, na qual os clientes negaram as acusações de corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação, patrocínio do interesse privado perante Administração, prorrogação indevida de contrato, tráfico de influencia, associação de quadrilha e ajuste fraudulento entre os licitantes.
No entanto, sabe-se o que iniciou a Operação Hígia e porque, inclusive como a Operação União deflagrada em 2005 pela PF, se desenrolou até este ano. Após esta primeira operação, que apreendeu pertences de empresários do Rio Grande do Norte e Paraíba, a PF chegou aos nomes dos empresários, funcionários públicos e Luro Maia, filho da governadora.
O INÍCIO
De acordo com o relatório da PF e enviado ao juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, Mário Azevedo jambo, em agosto de 2005, o Governo do Estado firmou os contratos 32/2005 e 33/2005 com as empresas A&G Locação de Mão-de-obra e Líder Limpeza Urbana Ltda, totalizando R$ 2,4 milhões, o que caracterizou, após investigação Federal, suspeita de fraude licitatória e prorrogação indevida, por causa do pagamento de vantagens indevidas a diversos servidores públicos, entre eles, Ulisses Fernandes, Marco Antônio, Rosa Maria d´Apresentação e João Henrique Bahia, além de Lauro Maia.

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