domingo, junho 15, 2008

Comunicação encubada, gay interrompido

Orçamento da
Prefeitura do Natal:
R$ 2 bilhões
A gente sabe que, para o governante que vai entrar, seja ele homem, transexual, lésbica, ou gay, o Orçamento já foi definido. Foi definido este ano para o ano de 2009. Então, quanto é este Orçamento? Que verbas vão ser aplicadas na educação? Que verbas vão para a saúde? Quanto o município dispõe para investir em habitação, em saneamento, em cultura, em assistência social? Quer dizer, precisa-se detalhar isso, não é? Detalhar isso seria até um grande serviço do movimento, quer seja ele gay, macho, lésbico, qualquer um. O problema está aí. Quer dizer, uma candidata tem uma perspectiva de vencer. Mas, se ela vencer, quanto é que ela dispõe? Diz-se aí que é de R$ 2 bilhões. Mas se diz também que, desses R$ 2 bilhões, há uma verba definida para a saúde de 25%, de 25% para a educação, 15% para outro setor, e o que sobra, vai ficar bem pouquinho para obras, porque grande parte, 60%, é folha de pagamento. Folha de pagamento e gerenciamento de pessoal. Quer dizer, sobra quase nada para que essa candidata que venha a vencer, essa coligação, possa fazer pelas favelas de Natal. Qualquer um que ganhe. Eu acho que parte daí o debate. Se o movimento popular quiser dar uma força, ele pode a partir de agora, criar uma coluna, a exemplo do que foi a coluna "Nossa Natal". Natal não é do governo. Natal é de todos que a estão fazendo. Os que estão nos guetos, os que estão nas favelas, também os executivos, nos escritórios, nos transportes, nos hospitais. São aspectos importantes, que precisam ser levantados. E isso não pode ser levantado só por quem é homem, não. Pode ser levantado também por quem é lésbica, por quem é travesti, quem é pobre, que é proletariado, quem é subempregado, quem é camelô. Não é assim?
Por exemplo: qual vai ser a posição da candidata com relação aos moradores de rua? Vai-se adotar o comportamento que se adotou em São Paulo, da chamada "faxina" social? Ou se vão criar condições para que essa população seja recuperada e reintegrada novamente à vida da cidade? São esses pontos que se tem que levantar. Como vai se dar o relacionamento da coligação com os movimentos populares? Vão existir canais de comunicação, para que aconteça um debate franco, fraterno. Pode-se dizer: "Tudo bem, eu tenho defeitos, minha administração é falha, mas eu estou aqui para ouvir, para debater".
Radar - E dar a oportunidade de se discutir o Orçamento Participativo para o próximo exercício.
João
- Sim, o Orçamento Participativo, de uma forma que seja veiculado. Tal qual o Carnatal é veiculado na televisão, seja também feita uma mídia em cima do Orçamento Participativo. Para que se tirem os delegados, para que as pessoas tenham mais acesso, para compreenderem como é que funciona uma estrutura administrativa. Hoje não é feito desse jeito, claro que é capenga. Porque os coronéis não querem soltar as rédeas. Eles estão aí na perspectiva de algum ganho. Eles fazem tudo para que não se tenha acesso. É o chamado "Tenha calma". "Tenha paciência". Ainda não fluiu aquela coisa da mídia, da verdade. Até porque quem está à frente, tem freado isso, esperando uma oportunidade para se desvincular disso, mas ficar amparado. Ninguém quer tirar a escada e ficar com o pincel na mão, no ar. (Charge)

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