sábado, junho 14, 2008

Flagrantes da oligarquia

Brasil desigual
Famílias tradicionais

do Nordeste consolidaram
poder com verba públicas
Por Rodrigo Miotto,
repórter iG em São Paulo
AA: Cidadão Kane tropical
Nos anos 40, começou a carreira política de Aluizio Alves, talvez o maior fenômeno populista da região Nordeste. Após uma participação no Congresso Constituinte de 1945, iniciou uma caminhada vitoriosa pelo Rio Grande do Norte, colocando-se como a esperança do povo diante das velhas estruturas coronelistas.
Chegou ao governo do seu estado em 1960 e, daí em diante, o poder não saiu mais do seu controle, com os Alves ocupando dezenas de cargos públicos e madantos eleitorais: seu filho Henrique Eduardo Alves é deputado federal desde 1970 e, agora, é candidato ao governo para suceder o primo Garibaldi Alves Filho, que já foi deputado e senador; uma irmã gêmea de Henrique, Ana Catarina, é deputada federal, candidata à reeleição e já disputou a prefeitura da capital, Natal, contra o próprio irmão.
Na Assembléia Legislativa do RN, os Alves mantêm sempre dois ou três deputados; um irmão de Aluizio, Agnelo Alves, que já foi prefeito de Natal, agora é prefeito de Parnamirim, a terceira cidade do estado, depois de ter sido senador na suplência do ex-ministro Fernando Bezerra, hoje adversário da família.
Conseqüências materiais da trajetória de Aluízio Alves: a afiliada da TV Globo, o maior jornal do estado, quase uma dezena de rádios, agência de propaganda, produtora de vídeo, postos de gasolina, lojas, instituto de pesquisa, provedor e portal de internet, revista e outros negócios espalhados entre filhos e sobrinhos do patriarca.
Com a influência de Aluízio Alves, os investimentos públicos no estado já foram fáceis via Sudene, Banco do Nordeste e muitos outros órgãos de financiamento. (Veja o texto completo, Foto)

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