sábado, junho 07, 2008

Oligarquias de cócoras

Abrir Mão
Editorial do Diário de Natal
Coluna Roda Viva
de Cassiano Arruda Câmara
Diário de Natal
Sábado, 07.06.08
Quando o senador Garibaldi Alves, com a responsabilidade de presidente do Senado Federal, disse - semana passada - na praça pública de Mossoró, que esperava pela "mão mais aberta" do presidente Lula, a governadora Wilma de Faria indignou-se e tratou de desmenti-lo no ato. De público. Contando com o testemunho da prefeita Fafá Rosado.
Garibaldi calou.
Certamente, Wilma anda muito satisfeita com o tratamento que o Governo Lula vem dispensando ao nosso Rio Grande do Norte.
Vale a pena lembrar o primeiro compromisso de Lula, numa bravata durante o ato de desapropriação das terras da Maisa para o projeto de reforma agrária, que se tornaria numa "referência mundial", dando um prazo para ser cobrado. Prazo vencido desde dezembro de 2005, sem que a Maisa produza ao menos para garantir a subsistência de seus assentados.
Wilma deve estar satisfeitíssima com o ritmo que o Governo Lula tem dado aos dois projetos considerados pelo Governo do Estado como as principais prioridades do Rio Grande do Norte.
1 - O Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que depois de tanto tempo ainda nem definiu quem fará seu estudo de viabilidade para uma pretensa privatização.;
2 - Investimentos da Petrobras em Guamaré para agregar valor ao petróleo norte-rio-grandense, na hora em que a primeira refinaria do Nordeste já havia sido definida para Pernambuco; a segunda para o Maranhão e a terceira para o Ceará e o nosso Rio Grande do Norte se contenta com uma "de pequeno porte".
Mesmo as obras conhecidas do Governo Lula no Rio Grande do Norte - a duplicação da BR-101 e a Penitenciária Federal de Mossoró - não obedecem a um ritmo que se possa considerar satisfatório.
Sem falar no emblemático caso da febre aftosa, responsável por dez anos de apartheid pecuário, com várias datas vencidas para acabar e sem merecer, ao menos, uma satisfação.
Satisfeita com o tratamento do governo Lula, Wilma - que não conseguiu indicar um só ocupante para cargo de nível nacional - parece ter acrescentado a acomodação ao cansaço identificado por muitos dos seus convivas, como "fadiga governamental" no seu comportamento nesse seu segundo mandato, quando tem adotado comportamento muito distante do que seria normal ao comportamento de uma guerreira.

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