domingo, agosto 19, 2007

Macau, como o diabo gosta...

Pesquisa mostra que obras poderiam ser executadas
O mestrando Mário Josiel, que acaba de concluir um estudo científico sobre a arrecadação de royalties e sua influência para o desenvolvimento regional, pela Universidade Potiguar (UnP) de Natal, aponta que a Prefeitura de Macau recebeu recursos suficientes em royalties em 2006 da Petrobras que dava para fazer todas as obras urgentes e ainda sobrava dinheiro.
O cálculo é aparentemente simples. Revela que conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, a Prefeitura de Macau recebeu em 2006, R$ 23.377,563. Deste valor, 50%, o prefeito Flávio Veras (foto), conforme determina a Lei do Petróleo de 1989, teria que investir exclusivamente em obras de infra-estrutura. Já os outros 50% poderiam ser investidos em outros segmentos, inclusive, pagamento de pessoal.
Entretanto, conforme mostra relatório do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA), o município de Macau só investiu R$ 4,2 milhões em obras de infra-estrutura. Os outros 6,8 milhões, o prefeito Flávio não deu qualquer explicação até o presente momento nem ao Tribunal de Contas do Estado e nem muito menos à Câmara Municipal, apesar dos requerimentos apresentados pelo vereador Haroldo Martins com esse fim.
Segundo Mário Josiel, somente com os R$ 6,8 milhões que desapareceram, seria suficiente para recuperar a praia de Camapum
(R$ 500 mil), reconstruir o Teatro Municipal (R$ 400 mil), o galpão das marisqueiras (R$ 300 mil) e concluir a Escola do Valadão
(R$ 1,2 milhão), além do Pronto Socorro e o Hospital. Apesar da renda per capita em Macau ser de R$ 877,93, o que se percebe na cidade são sinais de pobreza, como o bairro Valadão, onde os moradores sobrevivem da cata do marisco. (Jornal De Fato, Mossoró, RN, Domingo, 19/08/2007. Confira aqui.)

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