domingo, agosto 05, 2007

Golpes contra o Rio Grande do Norte

20 de setembro de 2006
Alcanorte pode ter apoio do BNB
A diretoria do Banco do Nordeste foi apresentar balanço à governadora

O governo do estado quer a ‘‘ajuda’’ do Banco do Nordeste para retomar a Alcanorte, fábrica potiguar de barrilha - que com o fechamento da única unidade que produzia o insumo no país, a Álcalis, no Rio de Janeiro, volta a ter perspectivas de entrar em funcionamento. Embora evitando criar expectativas sobre o tema, o secretário de Planejamento e Finanças, Vágner Araújo, disse que seria interessante se o banco, maior credor da fábrica do RN, se dispusesse a integrar um grupo de trabalho e discussão sobre o assunto. Foi em reunião ocorrida na manhã de ontem entre a governadora Wilma de Faria e o presidente do BNB, Roberto Smith, que Araújo falou sobre a possibilidade, encarada, aparentemente, de maneira positiva por Smith. ‘‘Se o BNB se dispuser a integrar o grupo para ver o que pode fazer em relação ao passivo da Alcanorte, chamar não apenas a empresa que detém a posse das instalações, mas também eventuais novos empreendedores que queiram assumir esse passivo de forma negociada, que queiram concluir as instalações da planta e iniciar a produção, pode ser interessante’’, disse o secretário após o encontro.
Segundo ele, a fábrica potiguar tem favoráveis todos os elementos que levaram à carioca a fechar. Matéria-prima (sal e calcário) e gás com preço subsidiado estão na lista. Diante da governadora o presidente do BNB pareceu disposto a analisar a “parceria’’. Mas o banco preferiu não entrar em mais detalhes sobre o assunto. A rediscussão em torno da Alcanorte é favorecida porque o país está completamente dependente do mercado externo, sem unidade produtora. ‘‘O governo entende que é necessária haver essa rediscussão, mas com cautela, sem criar expectativas, de forma até um tanto quanto reservada para evitar determinadas especulações que ocorreram no passado. Essa é uma discussão de médio e longo prazos para o estado. Não é imediatista’’, ressaltou ainda o secretário de Planejamento e Finanças do RN. O interesse do BNB de criar um grupo de trabalho com o governo para ‘‘estruturar melhor a recepção de investidores’’ interessados em apostar no pólo-gás químico do estado - anunciado na reunião - foi o que lhe despertou para falar sobre a Alcanorte.
‘‘Esse grupo vai integrar o que já existe com a Petrobras e vai abranger também essa análise (sobre a fábrica de barrilha). O Banco do Nordeste se integra à discussão, no caso da Alcanorte, por ser o principal credor da empresa e também por ser um banco de desenvolvimento, que pode agenciar a prospecção de empreendedores”, ressaltou ainda Vágner Araújo. Também participaram do encontro, entre outros, o secretário estadual de Turismo, Renato Garcia e o superintendente do Banco do Nordeste no Rn, José Maria Vilar. (Diário de Natal, Natal, quarta-feira, 20 de Setembro de 2006. Economia.)

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