quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O que se pode esperar da FJA?

Paulo Augusto
Editor do Encartes (Jornal de Natal)

Em forma de enquete, o Caderno Encartes, do Jornal de Natal, encaminhou três perguntas a diversos artistas de Natal e do interior. As questões eram: 01 – O que você espera da Fundação José Augusto?; 02 – Qual a impressão que hoje você tem da FJA?; 03 – Se você fosse presidente da FJA, o que você faria? As respostas estão a seguir:
ABAETÉ - Cordelista, gerente da loja Encanto do Cordel, cooperativa que reúne entre 20 e 25 cordelistas do Estado. Autor de 114 títulos, entre os livros mais vendidos de Abaeté, encontram-se "O Casal que Engatou no Parque Industrial", que já está na terceira edição. "O Matuto e o Boiola" e, ultimamente, "Saddam Hussein Chega no Inferno", o mais recente.
01 - Eu espero principalmente para o cordel. Pois quem vai assumir é um cordelista, pessoa muito boa, que já tive o prazer de conhecer. E eu espero que o Projeto Chico Traíra (de apoio a cordelistas e repentistas) este ano saia. Eu posso falar só do lado do cordel.
02 - A impressão é de que está um pouco parado. Na nova direção, muita gente espera que melhore, que apareçam os projetos que estavam engavetados. Que a maioria dos artistas - pois tem muita gente aí ainda no anonimato, precisando ser descoberto. E que precisa de apoio da fundação. Acho que com Crispiniano Neto agora vai dar continuidade.
03 - Se eu fosse presidente, eu acho que em cada região da capital eu abriria uma nova Fundação José Augusto. Por exemplo, na zona norte. Eu dividiria aqui a Fundação, e abriria uma na zona norte. Para trabalhar com o pessoal da cultura lá. Porque eu acho que tem muita gente da zona norte que não sabe nem onde fica a Fundação José Augusto. Porque quem precisa da FJA são os poetas carentes. Os chamados "poetas da panela" não precisam da fundação. E a segunda coisa seria popularizar a cultura, levar para o povo. A fundação foi criada no tempo de Aluízio Alves, mas eu mesmo que moro aqui em Natal há 25 anos vim conhecê-la há coisa de três anos. Eu não sabia. Falavam em fundação, mas eu não sabia nem o que era. Através dos escândalos (Foliaduto) muita gente ficou conhecendo. Mas através do trabalho mesmo da cultura, acho que pouca gente conhecia. Ela devia chegar mais ao povo, ir aos bairros mais carentes.

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