quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O que se pode esperar da FJA?

MANOEL SILVA - Cordelista. Tem em média 90 títulos de cordéis. Publica com a ajuda de um grande amigo, Abaeté. Os mais vendidos são "O Jumento Fastioso", "O Óvulo Estimulante", "A Malandragem do Cheque Sem Fundo". "Outros bem vendidos, que eu gostaria de ter em mãos, mas não estou podendo mandar editá-los, é ‘O Príncipe Aventureiro e o Castelo da Solidão’, ‘A Princesa Bagassita na Fonte Misteriosa’ e outros".
01 - O que eu espero com Crispiniano Neto é que ele possa ajudar, possa botar pra a frente a cultura, pois nós estamos morrendo. A cultura natalense, a cultura norte-rio-grandense, a cultura popular está quase morrendo por falta de apoio. Eu queria que ele visse isso e colocasse uma ajuda.
02 - Como eu estou vendo agora? Não é boa a impressão. Aquilo (escândalo do Foliaduto) que houve um ano atrás deixou uma impressão muito ruim. Sujou. Não está bem. Ela manchou um pouco. Precisa uma restauração grande.
03 - O que eu faria primeiramente era uma gráfica para o Estado. Pois o Estado do RN não tem uma gráfica para os poetas, que estão no abandono. A Fundação José Augusto tem uma gráfica, chamada Gráfica Manibu, mas nós vivemos na esperança que ela nos dê apoio. Nós não temos esse apoio. Então, eu faria a gráfica, para que todo o estado tivesse o apoio dela, não só o rico. Mas os poetas pobres, que estão necessitando de editar as suas obras.
FEST - Tem 27 anos, há três anos é coordenador da banda Descaso, de rock pauleira. Promoter, realiza festivais de rock e da cultura underground. "O pessoal da banda tem 18, 15, 25, são mais adolescentes". Organizou em Candelária em 2006 o Candel Rock Underground. Está organizando um evento para maio, sem local fixo ainda.
01 - Na verdade, eu nunca vi a FJA apoiando nenhum evento underground, não. Sinceramente, eu não espero nada da FJA não.
02 - A impressão, eu acho que está mais pelo nome, mesmo. Porque apoio para a cena underground eu não vejo nenhum.
03 - Se fosse presidente, com certeza, apoiaria o pessoal que está começando, que está à margem. Tem várias bandas aqui em Natal, com qualidade, com conteúdo também, e não existe apoio para este pessoal. E merecia ter. A coisa fica bem no descaso. Foi até o princípio da gente ter colocado o nome da banda – Descaso –, para retratar a realidade aqui de Natal.

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