segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Manda bala, cara, a barra tá limpa

Manda bala, cara!
No caso do nosso Poder Executivo, ocupado, evidentemente por alguém eleito por parte da população tendo em vista o retorno da arrecadação dos recursos públicos (diga-se: do povo) em benefício da população, há quem se indague na província acerca da ausência de planejamento, de projetos, enfim, de uma plataforma de governo, já que a professora Wilma de Faria (PSB), nossa socialista no poder, chegou ao Palácio sem ter nada a oferecer em contrapartida, a não ser uma ponte que ela já remaneja há três eleições, como pé-de-cabra para abrir sua estrada no pórtico de nossa obsequiosa ignorância.
O publicitário Casciano Vidal, em sua coluna Foco Econômico, na última revista Foco, edição de janeiro, coloca algumas indagações que servem para ilustrar a quantas andam as cabeças de quem ainda tem o saco de olhar para o que estão fazendo os políticos de nossa terra. Diz ele:
"Especialistas em tributação e arrecadação pública – jornalistas e políticos, de maneira geral – estão queimando os neurônios para descobrir como é que a governadora Wilma de Faria vai fazer para investir no Rio Grande do Norte, algo em torno de R$ 15 bilhões, nos próximos quatro anos. Até agora, ninguém consegue fechar a conta.
"Tem gente até somando as promessas do Governo Federal na recuperação de rodovias, os investimentos da Petrobrás na exploração de petróleo e o que se paga de ‘Bolsa Família’ e aposentadorias do INSS, aqui no Estado, para ver se dá para chegar a esse valor... E a conta não está fechando. Creio que será necessário acrescentar o dinheiro do pagamento de salários para funcionários públicos – dos governos estadual e federal – mais os recursos do custeio da máquina administrativa estatal, para se chegar a esse valor.
"Isso sem falar no dinheiro que poderia ser investido no novo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, mas que não consta um único centavo no Orçamento da União e nem no orçamento da Infraero.
"Esse breve comentário que os puristas podem tachar de irônico ou jocoso, é apenas para registrar a falta de compromisso da governadora Wilma de Faria com a verdade, quando ela cria uma situação fantasiosa (e talvez ela até acredite que a sua versão seja verdade) e faz a divulgação de uma perspectiva de situação futura, quando na realidade, aquilo não passa de um desejo.
"Ocorre que o governante não pode anunciar os seus desejos como se ainda fosse candidato. A missão do candidato é propagar esperanças de um futuro melhor. Ao governante compete administrar com a verdade, dentro da realidade do governo."
(Publicado no Caderno Encartes, do Jornal de Natal, edição de 05.02.2007.)

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