sábado, junho 16, 2007

Royalties do petróleo: a riqueza sumida

Ao Governo do Estado coube, em 2006, R$ 180,14 milhões. Mossoró, que ocupa a segunda posição do ICMS, assumiu a liderança naquele ano junto a Petrobras e recebeu a injeção de R$ 24,83 milhões este ano, seguido de Macau com R$ 22,37 milhões, e Guamaré com R$ 22,31 milhões no acumulado anual.
De acordo com a Petrobras, as variações ocorrem principalmente pela variação do preço internacional do barril de petróleo e pela quantidade de dias do mês. Nos últimos 12 meses, o valor acumulado chega a R$ 111,2 milhões. Em relação ao repasse deste mês de maio, R$ 12,89 milhões foram para o governo estadual e R$ 10,4 milhões para as prefeituras de 93 municípios.
Macau recebeu de royalties em maio R$ 1,69 milhão e mantém a liderança na arrecadação entre os municípios. No mês de abril, Macau havia recebido R$ 1.441.429,54. O valor acumulado no primeiro trimestre deste ano referente ao pagamento de royalties sobre a produção de petróleo e gás natural no Rio Grande do Norte já chega a R$ 67,93 milhões. Desse montante, R$ 37,44 milhões foram destinados ao governo estadual e R$ 30,48 milhões aos 93 municípios produtores. Em março foram repassados R$ 21,27 milhões ao Estado. Do total recolhido neste mês, R$ 11,71 milhões foram destinados ao Governo do Estado e R$ 9,56 milhões aos municípios produtores. Macau foi o município que recebeu o maior repasse no Estado: R$ 1,57 milhão.
Dos 132 anos de Macau, a maior parte dos anos foram dedicados por sua população ao cultivo de ilusões, sempre mal assessorada por aqueles a quem paga regiamente para lhe administrar as riquezas. Continua para sempre enganada e violentada, seja com a implantação da fábrica de barrilha, seja com a própria indústria do sal, que seria para ter feito a cidade permanecer no apogeu do desenvolvimento. Agora, com a exploração do petróleo, desamparada pela Petrobras, que pouco se lixa para os valores entregues aos gestores dos municípios onde explora o petróleo e o gás, a população vive o amargor do declínio econômico, em cima da sua potencial riqueza, gerado pelo desemprego, pela falta de saúde, trabalho, e a completa ausência de perspectivas para o grosso de sua população, que assiste, prostrada, a decadência que infelicita o município. (Encartes, Jornal de Natal, 28 de maio de 2007.)

Nenhum comentário: