sábado, abril 26, 2008

Sociedade pode auxiliar na limpeza política

No Rio Grande do Norte, o Procurador-Geral de Justiça, José Augusto de Souza Peres Filho (Foto), realizou, nos últimos dois meses visitas aos mais diversos parceiros e e aos veículos de comunicação apresentando os pressupostos da campanha e solicitando o acolhimento para a divulgação da campanha no Estado.
Paralelamente à campanha do Ministério Público, o Colégio de Presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), reunido em Natal, sugeriu que a Justiça Eleitoral nos Estados venha a atuar de forma mais rigorosa quando do exame dos pedidos de registro dos candidatos aos cargos de vereador, prefeito e vice-prefeito, dando ênfase na análise dos antecedentes criminais dos candidatos nas próximas eleições municipais.
Nesse sentido, os juízes das 69 zonas eleitorais do Rio Grande do Norte deverão levar em consideração as ações penais abertas contra os candidatos, sobretudo, aquelas que dizem respeito à administração pública como improbidade administrativa, corrupção e malversação de dinheiro público.
Na semana passada, RADAR POTIGUAR esteve entrevistando o desembargador Cláudio Santos, que é presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais Eleitorais, entidade que sugeriu a medida.
Na ocasião, RADAR POTIGUAR queria saber do desembargador, para esclarecer os leitores e o eleitorado do Rio Grande do Norte, se a medida já entraria em vigor efetivamente nas próximas eleições; Se já poderíamos contar com a certeza de que haverá um resultado satisfatório capaz de produzir no eleitorado uma "lavagem da alma", pelo afastamento de elementos sabidamente nocivos ao processo político local e estadual.
Se a medida poderia levar à cassação, retirada, afastamento e, finalmente, a certeza de que ficaria o estado livre de muitos políticos profissionais potiguares, em especial os do interior do Estado, o vasto palco - 167 municípios - onde o eleitorado encarnará o papel do principal ator nas próximas eleições, já que há notícias de atores políticos que atuaram e continuam agindo na política de nosso estado, imbuídos de um sentimento malévolo para o nosso país, cujas ações fraudulentas levaram e conduzem a desestabilizar nossa credibilidade, maculando os mais diversos grupos sociais e manchando pessoas em todos os escalões políticos e civis por suas articulações duvidosas e escusas.
Infelizmente, como se poderá ver na entrevista, da qual publicamos trechos a seguir, a medida do Colégio de Presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) não terá o poder de aplicar quaisquer sanções, seja de ordem financeira, profissional, política, civil, incluindo a suspensão dos seus direitos políticos, assim como de ser eleito para qualquer órgão político nacional ou autárquico ou mesmo de ser nomeado para qualquer cargo de administração/ direção ou chefia em entidades públicas, aos conhecidos gestores ordinários, sobejamente conhecidos como infratores, ou mesmo delinqüentes.

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