sábado, abril 19, 2008

As pragas de Macau

Quinta praga. No Egito, uma das pragas foi transformar o rio Nilo em sangue. Em Macau, uma das pragas foi que o rio ficasse tomado por uma fossa. O curso d’água foi transformado num "rio de bosta". Registram-se a irresponsabilidade e omissão do governo do município e do governo do Estado. Todos os dois são responsáveis por esse desastre, uma tragédia que, inclusive, já era anunciada. Pois há um ano o governo mentiu, dizendo que ia botar 5 milhões de reais para construir 315 metros de uma ponte de concreto. Passou um ano, ele dizia que fazia a obra em oito meses, não fez nos oito meses, nem apareceram esses 5 milhões de reais que a governadora Wilma de Faria anunciou. E a verdade é que veio o desastre e levou a ponte, que nem é ponte de concreto, nem nada. E agora Macau passará a ser conhecida como a única cidade, depois de Natal com o rio Potengi, a ter transformado o seu rio em um formidável esgoto a céu aberto. O rio foi totalmente transformado numa fossa. Macau não tem saneamento. Tem uma enganação. Um engodo que fizeram, e o governo cobra 35% de Taxa de Esgoto, numa situação dessas. Isso tudo na cara do Ministério Público e de todo mundo.
Como sexta praga, temos a Alcanorte. A cidade ostenta esse elefante branco na sua entrada. Onde foram aplicados 400 milhões de reais de royalties e dinheiro federal. Depois de eles oferecerem, pela imprensa, a grupos internacionais, dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra e até da China, como ninguém quis um negócio bichado, agora estão aparecendo os indianos e dessa vez eles estão dizendo que vão botar para funcionar.
Como sétima praga, vemos o Hotel Salinas. Ele foi o maior hotel que teve na região. Com apartamentos carpetados, foi em seguida transformado em favela. Depois que virou favela, chegou a ser denunciado na Justiça. Sofreram pressão para efetuarem um acordo com as famílias que ali moravam, fez-se a recuperação, mas quem mora lá são os morcegos, ratos e baratas. Ninguém mora lá. Confirma-se um contra-senso: numa cidade que tem mais de 10 mil pessoas pagando aluguel, mantêm-se aqueles 24 apartamentos totalmente abandonados, servindo para moradia de morcegos e ratos.
Isto sem contar nas pragas embutidas nas situações e vivências rotineiras da cidade, como as que decorrem de possuir os gestores mais ruinosos. Sobre os novos faraós, Deus diria: "Serão uma tormenta e deles a população irá se arrepender para o resto da eternidade". Quanto ao povo, prostituído, continuará a votar apenas pelo dinheiro, mercadejando o voto obrigatório a preço de banana nas filas da eleição. Agora, se for apurar, abundam outras pragas. Quem vai encarar? (Charge: Antônio Amâncio)

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