domingo, abril 06, 2008

Na bacanal da cidade oculta, chupa, que é de uva!

Tendo em vista que o próprio presidente do Tribunal de Contas do Estado, Paulo Roberto Alves, ganhou este cargo, uma sinecura milionária a que se tem acesso sem concurso, uma dádiva faustosa e de caráter vitalício, transformando-se em conselheiro por ser o seu irmão, Garibaldi Alves Filho, então governador do Estado, ao apreciarmos a proposta do Colégio de Presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), poderíamos repetir a mesma pergunta feita pelo jornalista e economista Marcos Aurélio de Sá: "Por quanto tempo o brasileiro vai continuar achando que pode viver às custas do Estado?", que ele formulou e analisou em sua coluna no Jornal de Hoje de 20.10.06.
Ali ele exibia como "o mal-ajambrado conjunto da sociedade brasileira" estava e está indefinidamente dependente das "cortesias" do Poder Público.
Há de se observar - dizia Marcos Aurélio - que "para onde se olha, o que mais se encontra é gente rica, miserável ou remediada usufruindo (ou ansiosa para usufruir!) dos ‘benefícios’ que são distribuídos a mancheias pelos políticos populistas e demagogos que exercem, através de eleições compradas, o domínio quase que total dos cargos de comando da União, dos Estados e dos Municípios."
O que poderá nos aconselhar o atual procurador geral de Justiça do RN, José Augusto Peres Filho, numa hora como esta? O procurador geral de Justiça, que demonstrou conhecer tão bem a forma de governo praticamente dominante e em curso, a cleptocracia?
"O termo advém das palavras gregas "clepto" (tirar) e cracia (força, poder). Ou seja, é o poder dos que tiram, o poder dos ladrões", escreveu ele, em artigo publicado no O Poti / Diário de Natal do domingo, 16.04.06. "A cleptocracia se instaura quando o ato de roubar deixa de ser algo isolado dentro de um governo, e se transforma em uma atividade, ou seja, um conjunto concatenado, encadeado e constante de atos similares, quer dizer, quando o roubo vira a tônica. Em uma cleptocracia o roubo (em suas mais diversas modalidades) é o normal. É aceito por uma considerável parcela dos que exercem o poder e, se nem todos roubam, muitos acobertam os roubos dos demais, com a finalidade de se beneficiarem posteriormente – em uma campanha eleitoral, por exemplo", ensinou. (Foto)

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