sexta-feira, novembro 16, 2007

Zona Norte: a auto-exclusão como escolha


ABANDONO CONSENTIDO
Zona Norte: a auto-exclusão como escolha

Com a inauguração da Ponte Forte-Redinha, oficialmente chamada "Ponte Newton Navarro" (Foto, de Antonius Manso), cujos festejos, bem ao gosto das encenações-ciladas eleitoreiras, irão durar seis dias de folguedos, com previsão de o governo do Estado torrar 1 milhão e 150 mil reais no ardil, era de se esperar que a Zona Norte desse seu salto no picadeiro, aparecendo de vez como espaço urbano autônomo.
Apenas com esse valor de 1 milhão e 150 mil reais a ser esbanjado com a chamada "programação cultural" - que não enche barriga, não tapa buraco de estrada nem tira o fedor das fossas - da inauguração da Ponte Forte/Redinha, daria para resolver a maioria dos problemas dessa zona.
Dói saber que, daquele montante, uma bolada de R$ 600 mil será depositada na conta do cineasta potiguar Moacir Góes, que bolou o espetáculo "Natal, plano de Deus" para os festejos? Dá agonia tomar conhecimento de que R$ 78 mil serão doados a apenas uma banda musical, a Cavaleiros do Forró, para fazer neguinho balançar a caveira? E que cerca de R$ 100 mil, no mínimo, serão levados no vôo de volta da cantora Elba Ramalho, que "adora" vir cantar para a negada natalense nos "programas culturais" de dona Wilma?
No seu aspecto folclórico, pode-se perceber a utilização eleitoreira da Ponte Newton Navarro, orçada no valor de 194 milhões de reais, com seus 55,10m de altura, que projetou no cenário político os gestores de sua construção, desde o seu surgimento, no governo Aldo Tinoco (1993-1996), quando comparamos essa obra com a Ponte de Millau, um viaduto sobre um despenhadeiro, com a altura de 343 metros, considerada a maior ponte do mundo, construída na cidade de Millau, na França, no tempo recorde de três anos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu moro na mesma rua onde Luiz Almir diz morar. Da casa dele ao final da rua é tudo asfaltado, ja na outra metade da rua é cheia de esgoto.

Concordo que com esse dinheiro gasto na "programação cultural" resolveria muitos dos nossos problemas, mas a zona norte é discriminada pelo governo e só é agradada no período eleitoral.