terça-feira, novembro 06, 2007

Rio também ganhou Defesa da população

De fato, o projeto estreitou laços entre Brasil e Colômbia. Os brasileiros quiseram aprender como os colombianos transformaram seus terríveis índices de violência em bons indicadores sociais. No fim de julho deste ano, uma missão do Brasil foi à Colômbia ver de perto o funcionamento do programa Cómo Vamos. O principal objetivo da viagem foi a coleta de dados que ajudassem a formatar projetos similares em grandes cidades brasileiras.
O Rio Como Vamos é o segundo projeto brasileiro inspirado na iniciativa colombiana. Em maio deste ano, os paulistanos ganharam o Nossa São Paulo: Outra Cidade, que pretende construir uma força política, social e econômica capaz de comprometer a sociedade e sucessivos governos com uma agenda e um conjunto de metas, visando oferecer uma melhor qualidade de vida para todos os habitantes da cidade. O presidente do Instituto Ethos e mentor do movimento paulista, Oded Grajew, saudou o lançamento do Rio Como Vamos. "Bogotá fez uma revolução, que pode se repetir no Brasil. O objetivo não se limita a melhorar a vida nestas cidades, mas mudar todo o país através desse exemplo de exigir a fixação de metas pelos governantes e também seu cumprimento, através de acompanhamento e avaliações permanentes", afirmou.
A cientista social Samyra Crespo disse acreditar que a espinha dorsal do trabalho são mesmo os indicadores, daí a importância da Cesta Básica. Já o economista André Urani ponderou que "o Estado do Rio produz indicadores excelentes, porém inúteis porque a sociedade não se apropriou do que é produzido". Para o ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), David Zylbersztajn, o sucesso do Rio Como Vamos vai de depender do grau de colaboração que as redes estabelecerem entre si e da importância que a sociedade à possibilidade do monitoramento.
Além de Celina Carpi, Samyra Crespo, André Urani e David Zylbersztajn, fazem parte da coordenação geral do Rio Como Vamos o médico e mestre em saúde pública Daniel Becker, o advogado e mestre em Direito José Antônio Fichtner e escritora e jornalista Rosiska Darcy de Oliveira. O movimento é apolítico e já conta com uma lista de 40 participantes, entre pessoas físicas e jurídicas. O Rio Como Vamos tem a adesão da Fecomércio, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), da Associação Comercial, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), do Instituto de Ação Cultural (IDAC), do Comitê de Democratização da Informática (CDI), do Instituto de Estudos de Religião (Iser), do Instituto Ethos, da Fundação Avina, do Observatório das Favelas, do Synergos, do Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), da Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) e do Viva Santa. Veja o site do Movimento Rio Como Vamos.

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