quarta-feira, agosto 06, 2008

Falta de porto atrasa RN

Falta de um grande
porto tira do RN
as chances de
acelerar seu
desenvolvimento
Jornal de Hoje
• Pelos outros continentes, especialmente na Europa e na Ásia, guerras pela conquista de portos têm provocado, desde a mais remota antiguidade, a morte de milhões de pessoas. E se observarmos com atenção a geopolítica moderna veremos que algumas das áreas mais conturbadas do planeta atualmente têm como foco dos seus conflitos bélicos a preservação ou a tomada do controle de determinadas rotas comerciais marítimas por onde se escoa o petróleo, minérios em geral e outros produtos essenciais e estratégicos para a segurança econômica dos povos.
• Com ou sem guerras, o fato é que hoje — como no passado — a propriedade de portos marítimos bem equipados e protegidos dos fenômenos naturais aparece como algo indispensável aos Estados na formulação de qualquer política de desenvolvimento bem sucedida.
• Os governantes do RN, porém, parece que vivem fora da realidade e não têm demonstrado preocupação com o tema, ao contrário de como pensam e agem seus colegas dos Estados vizinhos. Os governos de Pernambuco e Ceará, por exemplo, há décadas dão prioridade absoluta à implantação dos mega-portos de Suape e Pecém, respectivamente, apesar de seus Estados já possuírem as alternativas portuárias tradicionais de Mucuripe e do Recife. E, graças a isso, estão nesses últimos anos atraindo fantásticos investimentos industriais (inclusive para a exploração de atividades que, segundo os estudos técnicos demonstram, poderiam obter melhor desempenho no Rio Grande do Norte — a começar por uma grande refinaria de petróleo ou por uma siderúrgica — caso possuíssemos a infra-estrutura portuária que eles souberam construir).
• Só muito recentemente, mas ainda sem um projeto consistente e sem nenhuma definição de fonte de recursos para executar a obra, o governo potiguar vem falando na necessidade de se implantar um novo porto no litoral do Estado, aproveitando a condição geográfica favorável do município de Porto do Mangue, na região Salineira, e sua proximidade das grandes reservas de ferro, calcário e de outros minérios exportáveis das regiões Seridó e Oeste, além da vizinhança dos nossos principais pólos produtores de fruticultura irrigada. (Foto)

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