sábado, maio 19, 2007

Retratados orgulham clãs potiguares

(Introdução do livro)
Ao idealizar este livro, pensou o autor em divulgar para os mais novos e preservar para as gerações futuras apontamentos biográficos de parentes que marcaram e marcam suas épocas ou nelas se constituíram em destaques, forma talvez a mais simples de montar uma história familiar e de mostrar que houve e há exemplos a serem seguidos e pessoas de que podemos orgulhar-nos.
Muitos nomes possivelmente podem ter sido esquecidos ou simplesmente não constam mais dos registros e lembranças, e perdoem os eventuais leitores por tais omissões, devidas em alguns casos, ou na sua maioria, ao fato de ter-se mantido o autor desde cedo distante de sua terra e do convívio familiar, convívio este que lhe teria proporcionado, certamente, uma visão mais completa dos fatos e das pessoas. (Explica-se: aos 10 anos ingressou quem escreve estas linhas na vida religiosa - num tempo de rígida reclusão e absoluta clausura - e, ao sair dali, aos dezoito anos, imediatamente partiu para rumos mais distantes ainda, em busca da construção de uma nova vida, de um futuro). As lacunas certamente existentes no presente trabalho são, por este motivo, justificadas e, acredita-se, não tirarão o brilho daqueles que aqui figuram.
Ao falar-se acima em pessoas que foram destaques no seu tempo, na sua área de atuação ou no seu meio, não se pensou em apontar quantos (ou só aqueles que) ostentaram riquezas, acumularam bens, ou desfrutaram de posições de realce. Alguns dos que aqui figuram são mostrados apenas pelas virtudes da bondade, da simplicidade exemplar, ou pela prática continuada de boas ações. Não esperem os leitores encontrar neste livro biografias completas de todas as pessoas enfocadas, mas, em muitos casos, registros simples, ou seja, as anotações que foi possível colher.
Diferentemente de uma pesquisa genealógica - onde os vínculos de consangüinidade são pré-requisitos para estabelecer-se a cadeia familiar - no presente caso, os laços de parentesco, em qualquer nível, mesmo que por afinidade ou decorrentes de uma vinculação distante, foram considerados.
Um exemplo do que se diz acima: Miguel Antônio Pinto Guimarães, Barão de Santarém, teve uma neta, Anésia Pinto Guimarães Bastos, que se casou com José Augusto Meira Dantas, trineto do Barão de Mipibu. Consultando-se o quadro apresentado adiante, ver-se-á que tal casamento se tornou um elo de ligação entre as famílias de ambos os barões e, conseqüentemente, com a do Barão de Ceará-Mirim, ampliando consideravelmente o nosso universo familiar.
Um comentário que merece ser feito tem a ver com a grafia de alguns nomes. Quando estava o autor pesquisando para levantamento de dados, foi "repreendido", por amiga muito ilustre e merecedora da maior consideração, em razão da grafia usada na transcrição de nomes de pessoas mais antigas. O autor chegou a corrigir alguns deles mas depois, analisando friamente o caso, parou com tal correção, pois o argumento usado se referia à reforma ortográfica de 1971. A pergunta que se fazia era: aqueles que faleceram antes de tal reforma e que têm os documentos a si referentes grafados da maneira antiga estariam sujeitos às novas regras? Um exemplo: caso se quisesse juntar ao texto relativo a Jacinto Inácio Torres Júnior (nome com grafia atualizada) cópia autêntica de alguma certidão original do mesmo, não geraria confusão vê-lo mencionado como Jacyntho Ignácio? Pergunta-se o autor: se ele faleceu e consta de seu atestado de óbito como Jacyntho Ignácio, estaria sujeito a tal modernismo? O autor chegou a ‘corrigir’ alguns nomes mas depois desistiu. (Que alguma eventual falha mereça o perdão do leitor.)
Além do quadro já mencionado, mostra-se um outro em que serão apontados descendentes do Barão do Ceará-Mirim. Novas informações forma passadas ao autor após a sua conclusão - e que, por isso, não puderam ser nele incluídas (ou checadas) - e que transcrevemos a a seguir:
Duas observações merecem ser feitas ao final desta Introdução:
1) Mário Duarte, considerado por todos como o melhor programador visual em atividade e o mais brilhante designer gráfico, brindou o autor deste livro com a linda capa que o envolve. Tem mais: vejam os primores dos quadros que acompanham esta Introdução e que ele, consultado sobre a sua redução para uma página, os refez de forma tão bonita. 2) O autor agradece aos amigos Cláudia Muniz e Jorge Luiz Morandi pela eficientíssima colaboração. (Matéria do caderno de cultura Encartes (Jornal de Natal) de 14 de maio de 2007)

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