segunda-feira, maio 21, 2007

Outra cidade

Segundo essa lógica, vamos prestar atenção cada vez menos a Brasília e cada vez mais a soluções como o pedágio urbano de Londres, a ofensiva de Nova York para liderar a redução da emissão de gás carbônico, os projetos de Paris para tirar os carros da rua, os modelos de segurança em Bogotá. Também vamos tentar entender melhor como a minúscula e pobre cidade de Barra do Chapéu é campeã do indicador do Ministério da Educação, como uma cidade rural da Índia (Udaipur) combateu o absenteísmo de professores distribuindo uma máquina fotográfica aos alunos ou como o índice de violência despencou no Morro do Cavalão, em Niterói.
Teremos de analisar o que acontece quando um grupo publicitário (YPY) decide fazer de uma escola pública da periferia paulista (Francisco Brasiliense Fusco) um modelo de gestão. Já há bons resultados em experiências de educação pública da Nokia, em Manaus, e da Embraer, em São José dos Campos, assim como das escolas de ensino médio, apoiadas por empresários, no Estado de Pernambuco.
É por isso que um programa, inventado por um grupo de estudantes da Fundação Vanzolini, mal saiu do laboratório e já começa a ser aplicado. Não se estão construindo no Brasil outras cidades, mas está surgindo, em especial, outro olhar -e a rapidez de nosso desenvolvimento social está atrelada à eficiência ou não desse tipo de ação local.
PS - Fiz um relato de todas as experiências citadas nesta coluna para que se veja a relação custo-benefício da engenhosidade local. (Folha de S. Paulo, São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007, foto)."
gdimen@uol.com.br

Nenhum comentário: