
E quem ali está, indiciado, acusado, preso, por roubar (foto), ao receber dinheiro por obras que não realizou, tendo, em um dos casos, o valor desviado do Ministério das Cidades alcançado R$ 10 milhões?
Quem se via seduzido pela empresa Gautama, que coordenaria o esquema de fraudes nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo e no Distrito Federal?
Nada menos que o ex-governador do Maranhão e ex-ministro de Sarney, José Reinaldo Tavares (PSB), o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto, dois sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) —Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior —, além dos prefeitos de Sinop Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT) e de Camaçari Luiz Carlos Caetano (PT-BA).
E tem mais, pois a relação é extensa. Contam os jornais: "A operação também prendeu o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), o funcionário do Planejamento Ernani Soares Gomes Filho cedido para o gabinete do deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-MG), além do assessor especial do gabinete do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) Ivo Almeida Costa e do superintendente de Produtos de Repasse da Caixa Econômica Federal Flávio José Pin. Também foram detidos o secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Adeílson Teixeira Bezerra; o diretor do Detran de Alagoas, Márcio Menezes Gomes.
A organização criminosa, com base na Gautama, que seria uma dissidência da OAS, empreiteira da Bahia, já famosa por envolvimento no passado com situações assemelhadas. "Para conseguir a liberação do dinheiro, a empreiteira teria pago, pelo menos, R$ 1,057 milhão para governadores, secretários de Estado, servidores públicos e prefeitos. O valor das propinas varia de R$ 56 mil a R$ 240 mil", contou a Folha de S. Paulo.
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