sábado, maio 19, 2007

A perdição do poder

A notícia trazida pelo jornal Correio da Tarde da última quinta-feira, dia 17, de que o deputado Vivaldo Costa (PR) "está sendo lembrado dentro dos meios parlamentares para uma possível nomeação de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado" exibe, da forma mais descarada, a nossa orfandade política.
Orfandade nossa, eu digo, de nós, cidadãos, leitores e eleitores otários, que, no fim das contas, permanecemos apenas como "consumidores" de notícias, já que NADA poderemos efetivamente fazer.
Quer ver leitor/ consumidor? Pois veja o que diz a coluna de Túlio Lemos, no JH 1ª Edição da última sexta-feira, sob o título "Controle de Natal":
"A governadora Wilma de Faria quer o controle total da Prefeitura de Natal e sabe que esse seu desejo só será realizado com a eleição de Rogério Marinho em 2008. Liderado de Wilma, a vitória do filho de Valério ainda abriria caminho para futuros projetos políticos da deputada Márcia maia, que poderia ser candidata a deputada federal em 2010 e em 2012 disputar o Executivo natalense." Viu como tudo se resolve sem a nossa colher de pau?
O absurdo do conteúdo trazido pela matéria do Correio da Tarde, ao acrescentar que Vivaldo vai substituir no Tribunal de Contas do Estado, como conselheiro, um irmão seu, o bioquímico Tarcísio Costa, que já estaria em tempo de se aposentar, nos recordou, de imediato, a nomeação, em outubro de 2000, do irmão do ex-governador e atual senador Garibaldi Alves Filho, Paulo Roberto Chaves Alves (Papau), como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE), sendo que ele, hoje, alçou o posto máximo: é presidente da venerável instituição.
Vejamos agora, as folhas, não as de Natal, mas de fora do nosso sacrossanto território. Além da prisão e indiciamento, pela Polícia Federal, Brasil afora, da arraia-miúda, constituída de funcionários públicos e outros agentes oficiais, estamos vendo as acusações contra os próprios membros do Judiciário, magistrados, desembargadores, ao lado de governadores, secretários de Estado, ex-ministros, servidores públicos e prefeitos, todos compondo verdadeiras quadrilhas de facínoras, para usufruto ilícito daquilo que chamamos "poder público", com a utilização dos instrumentos contundentes e eficientes (foto) da chamada "política".

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