sábado, maio 31, 2008

Político às avessas

Juvenal Antena, um político às avessas
Em "Duas caras", Antonio Fagundes fugiu do rótulo de corrupto Foto: Juvenal Antena (Antonio Fagundes) e Evilásio (Lázaro Ramos, Foto Globo Divulgação)
Patrícia Villalba
Tribuna da imprensa online
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Rio de janeiro, sábado, 31 de maio, e domingo, 01 de junho de 2008
SÃO PAULO (AE) - O objetivo é o mesmo de seus antecessores - concentrar tanto poder quanto for possível - mas a forma com que o Juvenal Antena de Antonio Fagundes se movimenta politicamente em "Duas caras" é algo novo na história da teledramaturgia. A novela da Globo, que chega hoje ao final, começou e termina em meio a várias polêmicas, algumas pertinentes - a atuação do movimento estudantil, vida a três, beijo gay - e outras tantas vazias - a cabeleira platinada de Susana Vieira, o poste da Alzira.
Mas chega ao fim mantendo propositalmente intacta a imagem ambígua do líder comunitário que é rei na favela da Portelinha. Líder comunitário, e não chefe do tráfico; pai dos pobres, e não um legislador nascido das oligarquias, Juvenal é um político moderno.
Dia desses, perto de conquistar uma vaga na Câmara Municipal como representante de sua gente, Juvenal, pernambucano como o presidente Lula, reflete melhor sobre a vida na política oficial. "Vão querer descobrir toda a sua vida e montar dossiês", alertou um correligionário. "Aqui na Portelinha, eu sou rei", pensou "o homem", momentos antes de declinar da candidatura.
E lá estava estampado na tela, para milhões de brasileiros verem, como é que a democracia perde terreno.
Sobre este personagem, um dos mais complexos da história das novelas, o ator Antonio Fagundes conversou com a reportagem.
Veja a seguir:

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