
Dando uma visada no estado, as estatísticas da Companhia de Processo de Dados do Rio Grande do Norte (Datanorte) informam que, em todo o estado, são mais de 21 mil habitações sem registro. Entre os inconvenientes gerados por essa falta de regularização registram-se o fato de o cidadão não poder receber uma carta em casa, não poder passar o bem a um filho ou sequer conseguir um empréstimo para reformar o imóvel porque não tem o certificado, além de somar prejuízos como a sua desvalorização, chegando o imóvel a perder cerca de 50% do seu real valor.
"Essa situação precisa ser regularizada para que a gente tenha melhores condições de vida para o cidadão. Isto pode ser feito através da figura jurídica chamada ‘regularização fundiária’", informa o advogado Diógenes da Cunha Lima Neto. "A Câmara dos Vereadores começou com um processo de tentar regularizar a situação desses bens. Ou seja, não só dar a escritura pública definitiva àquele que merece ter, mas também fazer intervenções urbanas de forma que melhore a qualidade de vida do cidadão natalense", diz o advogado, militante na área imobiliária há 17 anos, e doutorando pela Universidade Autônoma de Madri, com uma tese a ser defendida sobre Urbanização Privada e Área de Proteção Ambiental.
Ele explica que, para Natal chegar a ostentar 84% de área ilegal, não concorreram apenas as invasões. Segundo informa, isso vem desde a década de 90, quando as pessoas desconheciam a legislação e compravam imóveis na planta, tendo contribuído ainda as empresas que não cuidavam de todo o aspecto jurídico. (Foto)
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