quarta-feira, maio 14, 2008

Triste Mancha

Laíre chega a seis meses de contas bloqueadas
Correio da Tarde - Edição Número 0621 - Ano II -
Natal e Mossoró, Quarta-feira, 14 de Maio de 2008.
Pedro Carlos
Há exatos seis meses, Mossoró tomava conhecimento do bloqueio de contas e indisponibilidade de bens do ex-deputado federal Laíre Rosado (Foto), pai da pré-candidata a prefeito Larissa Rosado (PSB) e marido da deputada federal Sandra Rosado. O bloqueio foi decretado pelo juiz substituto da 8ª Vara Federal de Mossoró, Tércius Maia Gondim, a pedido do Ministério Público Federal.
A notícia foi divulgada em todos os veículos de comunicação do Estado e pegou o próprio Laíre de surpresa. Ele disse em nota que havia estranhado o fato chegar ao conhecimento da imprensa antes dele ser citado pelas autoridades competentes. No entanto, ele não apresentou provas até hoje, contra as acusações envolvendo a Fundação Vingt Rosado e a Apamim, entidades tidas como filantrópicas que são mantidas por ele.
O pedido do bloqueio feito pelo MPF tem a ver com um processo cível aberto em Mossoró para descobrir como foram feitos dois convênios com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Ambos os convênios foram firmados a partir de emendas apresentadas por Laíre ao Orçamento Geral da União (OGU), quando este era deputado federal. De acordo com a investigação, os convênios nos valores de R$ 800 mil e R$ 400 mil, respectivamente, foram firmados para a compra de medicamentos à empresa Frontal, de Mato Grosso, pertencente ao empresário mato-grossense Ronildo Medeiros.
Ronildo disse, quando preso pelas investigações da Máfia dos Sanguessugas, que o dinheiro desses convênios teria sido repassado, em parte, para Laíre e que nunca havia sido entregue os remédios que foram contratados. "Havia uma troca de papéis", disse Ronildo à Justiça na época em que estourou o escândalo.

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