sábado, julho 21, 2007

Vereadores e caciques: morte de ACM e a CMN

Como escreve o jornalista Flávio Aguiar, da agência Carta Maior, ao analisar o desaparecimento de ACM, seu poder não vinha, originalmente, da posse da terra, daí não ter sido um coronel tradicional. "Era ligado a impérios da comunicação e aos centros urbanos. Mas tinha o estilo dos velhos coronéis, talvez mais do que ninguém. Sua morte, aos 79 anos, é mais um sinal dos tempos, de que pelo menos na política institucional este estilo vem definhando, substituído por outros tipos de conluio e dominação. O coronelismo possuía duas características fundamentais: o mandonismo (que podia ou não se aliar ao carisma) pessoal e a agregação tribal. Antonio Carlos Magalhães praticava as duas, e tinha carisma pessoal na Bahia, sem dúvida. Foi partícipe de uma tragédia política e familiar: a morte do filho Luís Eduardo Magalhães, na casa dos quarenta, que era para ser o grande sucessor ‘moderno’ do patriarca. O deputado federal ACM Neto e o filho do velho senador, que o substituirá na tribuna, ainda não estão à altura de serem considerados de fato ‘sucessores’ de ACM, embora sejam seus herdeiros políticos mais próximos." (Foto: ACM com Roberto Marinho no Pelourinho, Salvador, em 1993, Foto Xando Pereira)

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