sábado, julho 21, 2007

Vereadores e caciques: morte de ACM e a CMN

Como se pode verificar, a ausência de industrialização, como política imposta para manter a região na dependência do poder público, aliado à política de destruição e obsolescência da rede de ensino público, a fim de desmantelar formas de alçar os trabalhadores a condições que pudessem obter educação e espírito crítico, torna a população economicamente ativa afastada do processo de crescimento, ficando sempre à sua margem. Permanecendo na marginalidade econômica, na dependência dos salários auferidos como servidores públicos, numa dependência que tem sempre um preço político. Preço que, no Rio Grande do Norte e no Nordeste é muito alto porque além dos seus males imediatos, conserva uma estrutura que vem do inicio do século passado.
Seja com ACM ou com José Sarney, ou num passado recente, no RN, com Aluízio Alves e seus herdeiros políticos, o que está posto ainda no momento será a reprodução, em nível familiar, de um poder econômico hegemônico, e um poder político inútil para as classes trabalhadoras. Estimulando-se um tipo de ambição que somente reduz a política a uma pobreza extrema, que vai ao rés do chão, e a inutiliza enquanto exercício de poder de uma coletividade, de uma efetiva cidadania e da projetada e sempre adiada emancipação social. (Ilustração)

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