quarta-feira, setembro 07, 2011

Oligarquia Rosado


SUCESSÃO
O grupo não conseguiu mais retomar a hegemonia política. A principal aposta do grupo de Sandra e Laíre Rosado para reconquistar a prefeitura de Mossoró é caseira. Aos 36 anos, Larissa Rosado, filha do casal, lidera as pesquisas de intenção de voto para 2012. Deputada estadual em terceiro mandato, ela perdeu duas vezes a eleição municipal para a atual prefeita Fafá, que deu seus primeiros passos na política pelas mãos de Sandra. A relação entre as primas azedou. Mais que adversárias, a deputada e a prefeita são hoje inimigas declaradas. Uma não dirige a palavra à outra, no melhor estilo grande família.
Os primeiros sinais de desavença política na família ocorreram em 1982, quando o então deputado  estadual Carlos Augusto Rosado contrariou as orientações do rio Vingt Rosado e declarou voto no primo e hoje senador José Agripino Maia ao governo do estado. Pai de Sandra, o ex-deputado Vingt Rosado apoiou o grande adversário dos Maia, o ex-governador Aluizio Alves (PMDB). Agripino saiu vitorioso das urnas.
O troco viria quatro anos mais tarde, quando o confronto ficou mais explícito. O grupo de Carlos Augusto apoiou João Faustino e perdeu a eleição para o candidato de Vingt Rosado, o governador Geraldo Melo. Desde então, os galhos da árvore genealógica iniciada pelo patriarca Jerônimo Rosado nunca mais penderam para um lado só.
O PATRIARCA
Nascido em Pombal, na Paraíba, em 1861, o farmacêutico Jerônimo Rosado desembarcou em Mossoró em 1890 e lá fincou as raízes da família na política. Entre 1917 e 1922, foi eleito duas vezes intendente - espécie de prefeito à época - de Mossoró.
O patriarca teve 21 filhos de dois casamentos - três do primeiro e 18 do segundo - com as irmãs Maria Amélia e Isaura Maia. Jerônimo e Isaura recorreram a uma maneira excêntrica para nomear os filhos: incluíram algarismos em francês em seus nomes, conforme a ordem de nascimento. Foi assim a partir da 11a. filha - Laurentina Onzième - (décima primeira, em francês) Rosado até o caçula Jerônimo Vingt-un (21, em francês) Rosado Maia, passando por Jerônimo Dix-sept Rosado, que passaria à condição de mito local ao morrer num desastre aéreo menos de cinco meses após assumir o governo do Rio Grande do Norte, em 1951.
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