sexta-feira, abril 06, 2012

A política da corrupção




 Ilustração: O político/gestor brasileiro


Se ampliarmos para um quadro mundial, o Brasil está na 69a posição do Índice de Percepção de Corrupção da ONG Transparência Internacional. Vale salientar que o país tem um índice de 3,8 em uma escala que vai de zero - países vistos como muito corruptos - a dez - países com poucos corruptos - em um ranking de 180 países. Para ilustrar em números, de 2003 a 2008, quase 2000 servidores públicos brasileiros foram expulsos do governo federal por cometer práticas ilícitas. Entre as principais causas da punição estão o uso do cargo para obtenção de vantagens, improbidade administrativa, abandono de cargo, recebimento de propina e lesão aos cofres públicos.
Os números ficam ainda mais impressionantes quando relacionamos com os dados monetários. Nos últimos dez anos, segundo matéria da revista Veja, foram desviados dos cofres brasileiros mais de R$ 720 bilhões, em média R$ 82 bilhões por ano ou 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período, a Controladoria Geral da União encontrou irregularidades em 80% dos 15.000 contratos firmados pela União com estados, municípios e ONGs.
Como é possível esquecer nomes como Anthony Garotinho, Jader Barbalho, Nicolau dos Santos - o Lalau, Paulo Maluf e Celso Pitta? Todos fazem parte da história do Brasil como políticos corruptos que desviaram milhões de reais dos cofres públicos. Além disso, o quadro atual mostra que muitos governantes entram na política apenas para beneficiar-se e não para trabalhar em prol da população.
É preciso que a população tenha a consciência de que a corrupção produz pobreza e impede o desenvolvimento do país. Com os valores já citados nesse texto, seria possível elevar a renda per capita em 443 reais, pensar em erradicar a miséria e reduzir a taxa de juros.
Se questionarmos o que falta para o Brasil tornar-se uma potência mundial, diríamos que a resposta está na política.

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