sexta-feira, outubro 24, 2008

Vadiagem das Oligarquias...

Acabou-se o que era doce!
Colunista: Marcos Aurélio de Sá
Hoje na Economia
Jornal de Hoje
Natal, sexta-feira, 24 de outubro de 2008
- Entre o ano de 2003 até os meados de 2008, Natal, o litoral próximo da capital e, por quê não dizer, o Rio Grande do Norte todo se transformaram na "bola da vez" da economia nordestina, passando a atrair vivamente o interesse de inúmeros grupos investidores nacionais e internacionais da área do turismo, da hotelaria, do ramo imobiliário em geral, da mineração e até do setor da produção de energia eólica.
- Nesse período, dezenas de grandes empresas vieram para cá numa espécie de "corrida do ouro" visando adquirir áreas estratégicas a beira-mar, formalizar "joint ventures" (ou outros tipos de parcerias com empresários locais), planejando implantar novos hotéis, flats, resorts (alguns até com campos de golfe), além de condomínios para turismo de segunda residência, parques aerogeradores, etc.
- Via-se, de repente, Natal e o RN como um futuro eldorado de lazer e férias, ponto da América Latina mais próximo do Continente Europeu, portão de entrada do turismo internacional a bordo de dezenas de vôos charters abarrotados de noruegueses, suecos, italianos, espanhóis, portugueses... conforme chegou a destacar a revista "Veja" e a grande imprensa do Sudeste em seguidas reportagens.
- Aos muitos investidores que tinham objetivos claros e disposição verdadeira de tornar realidade grandes projetos econômicos em nosso meio, fato mais do que sinalizado pela aquisição de valiosos terrenos e apresentação de projetos aos órgãos públicos responsáveis pelo licenciamento ambiental e pela emissão de alvarás de construção, logo o nosso pequenino mundo político-administrativo e social cuidou de levantar barreiras as mais diversas.
- Agentes públicos de todos os níveis, dirigentes de ONGs ditas ambientalistas, além de entidades diversas que se arvoram de representantes da sociedade civil cuidaram logo de declarar guerra e criar dificuldades à maioria dos empreendimentos. Se saía, arrancada a fórceps, uma licença ambiental e as obras de um hotel ou qualquer outro grande empreendimento eram iniciadas, logo entrava em ação o Ministério Público para pedir o embargo, sob as mais diversas alegações, como se aquilo representasse um atentado aos direitos difusos.

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