sexta-feira, outubro 24, 2008

Vadiagem das Oligarquias...

- Em verdade, nossa "elite" governante e segmentos da comunidade estadual refratários ao capitalismo, se deram as mãos para atrapalhar, obstaculizar e até impedir a materialização de uma infinidade de negócios que estavam sendo trabalhados no Estado em função do excelente momento que atravessava a economia lá fora, com os países do primeiro mundo abarrotados de dinheiro à procura de oportunidades rentáveis de aplicação.
- É provável que a direção de órgãos como o Idema (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente) ou como a Semurb (Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo da Prefeitura de Natal), ao procrastinar a análise dos tantos projetos que lhes foram encaminhados pelos investidores naquele período, imaginasse que estava fazendo "um bem" ao Estado e à nossa sociedade ao engavetá-los até por anos a fio. Mas é preciso muita ingenuidade ou muita ignorância para acreditar nisso. Quem tem espírito prático e sabe das coisas, compreende, isto sim, que tudo não passava de um jogo de interesse comandado por aqueles que usam do poder para tirar vantagens.
- O fato é que a onda dos investimentos passou e nós pouco conseguimos. Com a eclosão da crise financeira mundial o que resta hoje de grandes investidores desejosos de aplicar em Natal e no Rio Grande do Norte é um número tão escasso que já nem tem peso.
- Se tivéssemos sido racionais, competentes e ágeis, não teríamos jogado fora dezenas de milhares de empregos diretos e permanentes, nem teríamos deixado escapar bilhões de dólares ou de euros que poderiam estar circulando em nosso território, afastando-nos de uma realidade cosmopolita que já começavamos a viver.
- O que resta, agora, é a triste constatação de que o turismo internacional está se evaporando, com os europeus trocando Natal por Recife e Fortaleza. Nosso Aeroporto Augusto Severo, decadente, volta a ser internacional só no nome, enquanto o projeto de construção do mega-aeroporto de São Gonçalo continua encarado como um conto de fadas.
- Mas sejamos otimistas! Vamos esperar que, passados os efeitos da crise financeira, voltemos outra vez, daqui a alguns anos, a merecer a atenção de grandes investidores. E que não mais os recebamos, no futuro, com esse desdém esquerdista, subdesenvolvido e preconceituoso que, dessa vez, os espantou. (Fonte: Colunista: Marcos Aurélio de Sá, Hoje na Economia, Jornal de Hoje, Natal, sexta-feira, 24 de outubro de 2008)

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