terça-feira, outubro 21, 2008

Oligarquias na vadiagem...

■ Como entender, então, que um governo de Estado -- como é o caso do Rio Grande do Norte -- mantenha acumulados e engavetados no Idema (repartição responsável pela concessão de licenças ambientais a empreendimentos econômicos os mais diversos, que vão desde a instalação de uma pensão familiar num bairro de periferia até a construção de um resort de categoria internacional, ou da perfuração de um poço de petróleo até a implantação de uma refinaria, passando pela abertura de uma padaria, um posto de gasolina ou uma indústria de ponta), por meses e até anos, mais de 1.500 pedidos de autorização para geração de novos negócios?
■ E como entender que a Prefeitura de Natal, através da Semurb (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo) se negue terminantemente a dar celeridade à análise e aprovação ao acúmulo de mais de 500 pedidos de autorização para a construção em nossa área urbana de prédios de apartamentos, hotéis, flats, condomínios residenciais horizontalizados, edifícios comerciais, empreendimentos capazes de gerar, no curto prazo, dezenas de milhares de empregos diretos, reduzir nosso deficit habitacional, proporcionar receitas extraordinárias que dariam para construir outra obra do porte da ponte Forte-Redinha?...
■ Estas coisas só estão acontecendo porque a governadora Wilma de Faria e o prefeito Carlos Eduardo Alves (Foto: D'Luca, DN) querem que assim seja. Se houvesse da parte deles a vontade política de por um fim nessas anomalias administrativas inexplicáveis à luz da razão honesta, Idema e Semurb não continuariam agindo em prejuízo da sociedade sob o argumento -- quase sempre hipócrita e mentiroso -- de que fazem isto para proteger o meio ambiente e a qualidade de vida da população.
■ Confesso ao leitor que não sei explicar o porquê da decisão obstinada dessas autoridades públicas em dificultar e até impedir a chegada do progresso ao Estado e à Capital, mas garanto que elas estão -- por alguma razão inconfessável -- optando pela condenação injusta de nossa gente a uma vida cada dia mais miserável, embora tenhamos tudo, rigorosamente tudo para ser um Estado rico. (Fonte: Jornal de Hoje, 21.10.08)

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